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Foi adiado para esta quinta-feira (23) o veredito do julgamento do criciumense Joel Lemos, que é acusado de construir e colocar uma bomba no carro do mineiro José Fernandes do Carmo, no feriado de Ação de Graças em 2005.

Após quatro horas de debates o júri formado por seis mulheres e seis homens - incluindo um negro e uma mulher asiática - não chegou a nenhuma conclusão.

Lemos é acusado de oito crimes, entre eles o de uso de arma explosiva com intenção de matar e destruição de propriedade. Com o impacto da explosão, Carmo, que nos EUA usava o nome de Fernando Araújo, teve o braço, ombro e o rosto queimados. Ele deu um passo para trás e incendiou a casa alugada, do tipo duplex, onde moravam pelo menos outros seis brasileiros.

Carmo ficou em coma por 37 dias, foi submetido a 10 cirurgias plásticas corretivas do rosto, e só voltou a enxergar do olho esquerdo mais de um ano depois do atentado.

O crime foi tratado pela Polícia de Somerville, no estado de Massachusetts (nordesde dos EUA), como caso passional. Lemos namorou Cherri Ellis, a americana que na época do incidente já mantinha relacionamento com Carmo.

Em entrevista por telefone de Florianópolis, o advogado contratado pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, Osvaldo Agripino Jr., disse que o tempo de pedir extradição ativa para Lemos já passou.

- Agora, o que ainda podemos tentar é ver se os EUA podem fazer um acordo de transferência de preso, como o Brasil tem com Canadá, Chile e outros 34 países.

Mas o advogado admite que será muito difícil para que o pedido seja aceita pelas autoridades americanas.

Na primeira entrevista após o atentado que concedeu ao jornal brasileiro local "Brazilian Times", Carmo disse que "perdoa Lemos," mas que queria "entender porque ele fez isso contra mim".

Os jurados retomaram os debates às 9 horas da manhã desta quinta-feira, na Corte Superior de Woburn, em Massachusetts.

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