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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse na segunda-feira que o governo não vai isentar agências cristãs de adoção de cumprirem a nova lei que permite que casais homossexuais adotem crianças. Tais entidades, porém, terão tempo para se adaptar.

A polêmica começou quando o cardeal Cormac Murphy-O'Connor, principal autoridade católica na Inglaterra e Gales, pediu que as agências católicas que intermedeiam adoções ficassem de fora das novas leis contra discriminação, pois do contrário essas entidades poderiam fechar.

A Igreja Anglicana e o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha apoiaram a posição do cardeal, fazendo com que Blair tivesse de escolher entre o apoio aos gays ou aos grupos religiosos.

Após consultar o gabinete, Blair anunciou que não dará isenção às agências católicas que recebem verbas públicas. Em nota, ele reiterou o apoio ``ao direito de que casais gays solicitem a adoção como qualquer outro casal''.

Blair disse que o governo vai enviar a regulamentação da lei ao Parlamento, a qual incluirá um prazo, até o fim de 2008, para que as agências religiosas se adaptem.

Após a decisão de Blair, o cardeal disse: ``É claro que estamos profundamente desapontados que nenhuma exceção será dada às nossas agências baseadas em amplas convicção e consciência religiosas''.

Ele, no entanto, elogiou a decisão de dar às agências um período de transição. ``Esse debate levanta questões cruciais para o bem de nossa sociedade'', disse o religioso, que alega que forçar agências católicas a entregar uma criança para um casal de gays ou de lésbicas vai contra os ensinamento da Igreja.

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