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Explosão de um carro bomba em Beirute atingiu dois prédios: bairro em que aconteceu atentado é reduto do Hezbollah | Issam Kobeisi/Reuters
Explosão de um carro bomba em Beirute atingiu dois prédios: bairro em que aconteceu atentado é reduto do Hezbollah| Foto: Issam Kobeisi/Reuters
  • Malak Zahwi nasceu em Foz e morava no Líbano

Uma brasileira de 17 anos está entre as vítimas de um atentado que deixou cinco mortos e 20 feridos ontem no sul de Beirute, no Líbano. Malak Zahwi nasceu em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, e aos 13 anos foi morar no Líbano com a família.

O comerciante Ibrahim Hijazi, primo de Malak, disse que no momento da explosão ela fazia compras na companhia da madrasta, a libanesa Iman Mohamad Hijazi, que também morreu. Ibrahim também é primo de Iman e lamenta a perda. "É um fato terrível de gente que não dá valor à vida. Querem desestabilizar o Líbano e atingir civis inocentes", diz.

O corpo de Malak será enterrado no próprio Líbano. A jovem vivia com o pai, a madrasta e três irmãos mais novos que ajudava a cuidar. Malak mudou para o Líbano por decisão do pai, que queria trabalhar no país e ficar perto de parentes. A mãe, divorciada do pai da jovem recentemente, também morava no Líbano.

O clima ontem no prédio onde Malak cresceu, situado no Jardim Central, era de tristeza. Muitos amigos se reuniram para apoiar tios e primos dela e da madrasta. Nos próximos quatro dias a família continuará reunida em memória às vítimas.

Investigação

A natureza da explosão, que aconteceu no bairro de Haret Hreik, reduto do grupo radical xiita Hezbollah, ainda é desconhecida. Agentes das forças de segurança libanesas disseram às agências de notícias que a destruição foi provocada por um carro-bomba.

Segundo testemunhas, a explosão atingiu a antiga sede da rede de televisão Al Manar, de propriedade do Hezbollah e que havia sido destruída por Israel na guerra de 2006. A fachada de um outro prédio também foi destruída.

Bombeiros foram chamados ao local para apagar o incêndio provocado pela explosão, que liberou uma coluna de fumaça que pôde ser vista em toda a cidade. Agentes do Hezbollah e policiais fizeram um cordão de isolamento na região para investigar a ação.

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