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O paranaense Lourivaldo no trilho bloqueado: desvio forçado | Lourivaldo Silva Júnior
O paranaense Lourivaldo no trilho bloqueado: desvio forçado| Foto: Lourivaldo Silva Júnior

Para o advogado paranaense Lourivaldo Silva Júnior, de 32 anos, a aventura em Machu Pic­­chu, no Peru, foi muito diferente daquilo que ele imaginava ao comprar o pacote turístico. On­­tem, ele, o pai (de 61 anos) e ou­­tras seis pessoas percorreram a pé os 30 quilômetros entre Águas Calientes e Ollantaytambu, on­­de estão as equipes de resgate. Lourivaldo e outros 2 mil turistas estavam presos desde domingo na cidade histórica inca após um deslizamento de terra bloquear a ferrovia que leva à região.

A caminhada começou às 5 horas da manhã. Duas guias de turismo peruanas, que também haviam ficado ilhadas, conduziram a equipe. Após 12 quilômetros acompanhando a linha do trem, os estragos provocados pe­­la chuva obrigaram o grupo a alterar a rota e usar um antigo caminho inca.

Desafio

Vencendo montanhas, mata fe­­chada e cordilheiras íngremes, eles chegaram à estação de trem de Ollantaytambu após oito horas de caminhada. "Durante o percurso, encontrávamos muitos peruanos desabrigados, que haviam perdido tudo por causa da chuva", relata Lourivaldo.

O advogado enumera as dificuldades ao enfrentar as matas peruanas: "O lugar é lindo, mas a caminhada não é fácil. Você não sabe se vai conseguir chegar. Dá medo, vontade de chorar... o ar rarefeito causa tontura após um tempo, e você precisa sentar para descansar." Durante a se­­mana, duas pessoas morreram ao tentar trilhas semelhantes.

A chegada foi de muito alívio e comemoração. "Estou com la­­ma até o pescoço. Várias partes do corpo doem. Não pretendo re­­fazer esta viagem tão cedo", ga­­rante.

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