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Estados Unidos

Advogado de Trump ironiza post do STF sobre transparência: “Merece 27 anos de prisão”

Primeira Turma do STF durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, em setembro (Foto: Antonio Lacerda/EFE)

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O advogado Martin De Luca, que representa o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ironizou uma postagem feita nesta terça-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no X.

A publicação divulgava a Ouvidoria da corte, com o seguinte texto: “Quando bater aquela dúvida, a vontade de dar uma sugestão ou até mesmo reclamar, denunciar ou elogiar, a Ouvidoria do Tribunal da Constituição está pronta para te atender”.

“É inacreditável”, escreveu De Luca no X. “No mesmo dia em que a notícia de que [o escritório de] Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, tinha um contrato de US$ 23 milhões [R$ 129 milhões] com o Banco Master (agora sob investigação criminal) veio à tona, a conta oficial do STF publicou um anúncio otimista: ‘Para cada dúvida, sugestão ou reclamação, a Ouvidoria está pronta para te ajudar!’”

“Perfeito. Porque alguns brasileiros podem ter algumas reclamações hoje. A Polícia Federal brasileira descobriu arquivos digitais mostrando que os pagamentos à esposa de Moraes foram tratados como prioridade máxima, mesmo com o banco em colapso, e a mensagem pública do STF do dia foi basicamente: ‘Olá! Conte-nos suas preocupações! Estamos ouvindo!’”, escreveu o advogado.

“Se ironia fosse crime, só essa publicação pegaria 27 anos e três meses de prisão”, ironizou De Luca, citando a sentença que o STF aplicou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por acusações de tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.

A Gazeta do Povo solicitou à assessoria do STF um posicionamento sobre os comentários de De Luca, mas ainda não obteve resposta. Este texto será atualizado caso haja retorno.

Este ano, devido a decisões de Moraes relativas a redes sociais americanas e ao processo no STF contra Bolsonaro, o ministro, o Instituto Lex de Estudos Jurídicos e Viviane Barci de Moraes, que, além de esposa do juiz, é diretora do instituto, sofreram sanções econômicas do governo Trump.

As medidas foram baseadas na Lei Magnitsky, uma legislação dos Estados Unidos que permite a Washington aplicar sanções contra acusados de violação de direitos humanos e de corrupção em todo o mundo.

Antes disso, o governo Trump já havia cancelado os vistos americanos de Moraes, outros ministros do STF e parentes deles.

Rumble e Trump Media ingressaram este ano com um processo contra Moraes na Justiça Federal da Flórida, alegando que medidas do ministro do STF relativas à plataforma de vídeos seriam ilegais pela legislação americana.

A Trump Media faz parte da ação porque o Rumble fornece serviços de nuvem para a Truth Social, principal produto da empresa de mídia do presidente americano.

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