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O presidente afegão, Ashraf Ghani, aprovou neste domingo (30) à continuidade das tropas estrangeiras no país com a assinatura de dois acordos de segurança que prolongam a presença dos Estados Unidos e da Otan com um novo papel de assessoria e equipamento das tropas locais a partir de 2015.

"A partir de 1º de janeiro entramos em uma nova época, na qual os aliados internacionais irão assessorar e equipar a nossas tropas", disse Gani, que destacou os acordos em cerimônia transmitida pela televisão local.

"Nós e o resto do mundo temos um interesse comum em um Afeganistão estável e pacífico", afirmou Gani, garantindo que os aliados internacionais não abandonarão ao país.

Segundo Gani, as tropas afegãs estão preparadas para manter a segurança no país.

"Cada um de nossos soldados se uniu por sua própria vontade e são filhos leais e honestos do país", declarou.

A assinatura presidencial aconteceu depois que esta semana o Congresso e o Senado americanos aprovaram os acordos por grande maioria e após o convênio assinado entre Afeganistão e Estados Unidos em 30 de setembro, dia seguinte da posse do novo governo afegão.

Gani anunciou que amanhã viajará a Bruxelas acompanhado de Abdullah Abdullah, o chefe do governo do Afeganistão, cargo criado a partir da crise pós-eleitoral que começou em maio, para se reunir com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

O Acordo Bilateral de Segurança (BSA, sigla em inglês) prevê que 9.800 militares americanos permaneçam em solo afegão quando em dezembro deste ano terminar a missão da Otan, a Isaf, para prestar assessoria e apoio com equipamento às Forças de Segurança até o fim de 2024.

Embora o acordo estabeleça apenas um papel de apoio das tropas americanas, o jornal "The New York Times" publicou que uma "ordem secreta" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, permitirá que suas tropas tenham "um papel direto no combate".

Por sua vez, a Convenção sobre o Estatuto das Forças (Sofa, sigla em inglês) assinado com a Otan estabelece que de três mil a quatro mil militares de outros países aliados poderão continuar no Afeganistão a partir de 2015.

O Afeganistão atravessa um de seus períodos mais violentos depois que no ano passado as forças afegãs se tornaram responsáveis pela segurança após a retirada paulatina da Isaf, cuja missão começou em 2001 após a invasão dos Estados Unidos que derrubou o regime talibã.

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