O presidente de Israel, Shimon Peres, disse a líderes do Ocidente que não há muito mais tempo para impedir que Teerã consiga a sua bomba, e que um ataque contra o Irã é "cada vez mais verossímil". O alerta de Peres antecede o anúncio de que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem novas evidências sobre o caráter armamentista do programa nuclear iraniano.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agora procura consenso em seu gabinete para atacar as instalações nucleares do Irã. A decisão por uma intervenção militar vai depender das conclusões do relatório oficial da AIEA, cuja divulgação está marcada para terça-feira.
O aiatolá iraniano Mahmoud Alavi minimizou os rumores de um ataque militar de Israel, dizendo que a ameaça não passava de "propaganda vazia", e que Israel "mia como um gato, em vez de rugir como um leão". "Se eles cometerem tal erro, vão receber uma resposta esmagadora da república islâmica", disse o aiatolá, que é membro da Assembleia dos Especialistas Iranianos, a agência oficial IRNA.
Uma resposta do Irã poderia ser o bloqueio dos interesses dos Estados Unidos na região, o que incluiria o fechamento do Golfo ao tráfego de petróleo, causando falhas no abastecimento mundial. Analistas não acreditam que a possibilidade de Israel atacar o Irã seja uma estratégia de guerra psicológica para aumentar a pressão sobre Teerã e impor novas sanções internacionais, como quer Washington.
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