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VIENA - O relatório sobre o Irã da Agência Internacional de Energia Atômica que estados-membros receberam nesta segunda-feira afirma que três anos de checagens da agência não foram suficientes para esclarecer a natureza e o alcance do projeto. Mas não existe prova de desvio para fabricação de bomba.

O relatório, obtido pela agência Reuters, diz que o país está testando 20 centrífugas na usina de Natanz, cujo sistema de conversão do gás UF6 está sendo incrementado. O gás é convertido pelas centrífugas em combustível atômico enriquecido.

O texto, de 12 páginas, vem à luz no momento em que o Irã e a Rússia anunciam a possibilidade de um acordo para enriquecimento de urânio em conjunto, capaz, segundo ambos os países, de pôr fim à grita internacional contra os iranianos.

O relatório da agência diz ainda que o Irã produziu 85 toneladas métricas de gás UF6 na unidade de Isfahan a partir de setembro do ano passado. A quantidade é suficiente para a produção de várias bombas atômicas se o país conseguir a tecnologia completa do enriquecimento.

Mas não há provas de desvio de material para produção de bomba.

A agência quer mais transparência no processo, e integrantes do órgão ouvidos pela Reuters afirmam que a informação dada sobe ligações entre as instâncias civis e militares no processamento e sobre o equipamento ligado a uma instalação gerida por militares nâo pôde ser verificada pelos inspetores da agência.

- Ainda não estamos no ponto de poder concluir que esse é um programa pacífico - disse um integrante da agência que não quis se identificar.

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