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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em seu gabinete. Teerã diz que relatório de agência da ONU é “fabricado” | Raheb Homavandi/Reuters
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em seu gabinete. Teerã diz que relatório de agência da ONU é “fabricado”| Foto: Raheb Homavandi/Reuters
  • Veja a troca de acusações entre o regime iraniano e as Nações Unidas

O próximo relatório da agência de energia atômica da ONU sobre o Irã trará os indícios mais claros até agora de que o país já reúne os principais elementos necessários para o desenvolvimento de ar­­mas nucleares. É o que indica pro­­fusão de relatos de diplomatas ocidentais surgida na imprensa dos Estados Unidos e do Reino Unido, às vésperas da entrega do dossiê ao conselho de diretores da Agência Internacional de Ener­­gia Atômi­­ca (AIEA), ontem.

As previsões aumentaram a expectativa e as tensões, em meio à nova onda de especulações so­­bre um possível ataque de Israel às instalações nucleares do Irã.

Segundo o jornal Washington Post, informações fornecidas pe­­los Estados Unidos "mostram que o governo do Irã domina os passos cruciais para construir uma arma nuclear, tendo recebido ajuda de cientistas estrangeiros".

O New York Times diz que o relatório não será conclusivo, mas apontará "possíveis dimensões militares" nas atividades nu­­clea­­res do Irã.

Para os países que defendem mais pressão sobre o Irã, é prova suficiente de que o programa nuclear iraniano não tem apenas fins pacíficos, como afirma o go­­verno.

A começar por Israel. "Te­­mos a lanterna, a carroceria, as rodas e o volante, só falta chamar de carro", disse um diplomata israelense, que pediu sigilo de seu no­­me.

O governo norte-americano também espera que o relatório dê mais argumentos para au­­mentar a pressão.

"Esperamos que ele ecoe e re­­force o que nós temos dito sobre o comportamento do Irã e seu fracasso em cumprir suas obrigações internacionais", disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

"Fabricação"

O presidente Mahmoud Ahmadi­­nejad acusou a agência de ser um instrumento da propaganda norte-americana e israelense para justificar um ataque às instalações nucleares de seu país. Como de hábito, pregou o fim de Israel. Em entrevista a um jornal egípcio, Ahmadinejad chamou o Estado judeu de "fígado transplantado que o corpo rejeitou".

Os rumores de que Israel estaria estudando a possibilidade de um ataque continuaram causando preocupação. Depois de Fran­­ça e Alemanha, a Rússia advertiu ontem os israelenses que não sigam o plano adiante. "Isso po­­deria levar a consequências in­­calculáveis", disse o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

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