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A agência de espionagem paquistanesa Inter-Services Intelligence (ISI) considerou como "infundadas" as acusações sobre seu envolvimento no assassinato de Saleem Shahzad, jornalista que escreveu sobre a ligação entre oficiais da Marinha e a Al-Qaeda.

Shahzad, que trabalhava para uma agência de notícias italiana e para o site Asia Times Online, desapareceu quando ia para uma emissora de televisão, onde participaria de um programa de entrevistas. Seu corpo foi encontrado na terça-feira ao sul da capital Islamabad, com marcas de tortura. Ali Dayan Hasan, pesquisador do Human Rights Watch, disse que o jornalista de 40 anos havia reclamado recentemente das ameaças da ISI, acrescentando que "no passado, a ISI esteve envolvida em incidentes semelhantes".

"É lamentável que alguns setores da mídia usem o incidente para atacar e difamar a ISI", disse um funcionário da inteligência, segundo meios de comunicação estatais. "As acusações contra a agência por seu suposto envolvimento no assassinado de Shahzad são totalmente infundadas. Na falta de qualquer prova e enquanto a investigação ainda está em curso, tais alegações são equivalentes a uma conduta não profissional por parte da mídia", acrescentou.

Shahzad desapareceu dois dias depois de escrever uma matéria investigativa para o site Asia Times Online dizendo que a Al-Qaeda realizou um ataque recente contra uma base da Marinha para vingar a prisão de oficiais navais, detidos por suspeitas de ligação com a rede terrorista. O oficial de inteligência confirmou que a ISI reuniu-se com Shahzad em outubro para discutir a matéria, mas disse que não havia "nada ameaçador nisso".

O governo abriu um inquérito sobre o sequestro e assassinato de Shahzad, prometendo que os culpados serão levados à Justiça. Mas jornalistas disseram que investigações anteriores sobre assassinatos de colegas não levaram a nada. As informações são da Dow Jones.

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