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Agricultores africanos de Vermont perderam um valor estimado de US$ 25 mil em verduras e equipa­­mentos na enchente de 2011 | The New York Times
Agricultores africanos de Vermont perderam um valor estimado de US$ 25 mil em verduras e equipa­­mentos na enchente de 2011| Foto: The New York Times

A imprevisibilidade acompanha a vida de Clothilde Ntahomvukiye e de outros­­ agricultores refugiados africanos que vivem em Vermont, nos Estados Unidos.

Em agosto passado, quando a tempestade tropical Ire­­ne destruiu as plantações de feijão-roxo, milho e de outros produtos, os sentimentos de perda e decepção foram ao mesmo tempo desconcertantes e familiares.

"Se um bebê morre, o que fazemos?", disse Clothilde. "Geramos outro bebê. O mesmo acontece na agricultura."

Ela e o marido estão entre os novos habitantes de Vermont que replantaram suas lavouras depois da enchente do verão passado. Vestidos com saias de tecidos africanos e casacos de penas, agricultores burundianos e somalis se reúnem diariamente no subúrbio industrial de Burlington, conhecido como Intervale.

Os cerca de cem agricultores refugiados perderam um­­ valor estimado de US$ 25­­ mil em verduras e equipa­­mentos na enchente, a pior dos últimos 83 anos a ocorrer no estado.

A catástrofe prejudicou cerca de 450 fazendas comerciais e a Agência de Serviço Agrícola, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, recebeu US$ 4,5 milhões para restaurar as plantações ao seu estado produtivo, em um esforço que continua em andamento.

Embora suas modestas plantações não gerem renda suficiente para sustentar­­ suas famílias, para muitos refugiados, que dependem inicialmente de benefícios do governo, o próprio ato de plantar, mesmo que em uma planície aluvial precária, já representa uma força de enraizamento.

Na maioria, eles eram agricultores de subsistência nos países de origem. Os cerca de 1,2 mil refugiados africanos de Vermont começaram a chegar há 12 anos, primeiro do Sudão, e depois do Butão e da Birmânia.

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