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Imagem feita pela Nasa da região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, um dos grandes volumes de água da América | Nasa/Divulgação
Imagem feita pela Nasa da região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, um dos grandes volumes de água da América| Foto: Nasa/Divulgação

O volume da mais antiga de água do mundo, nas profundezas da crosta terrestre, é muito maior do que se pensava. Os pesquisadores estimam que há cerca de 11 milhões de quilômetros cúbicos de água — mais água do que todos os rios, pântanos e lagos do mundo juntos.

O estudo foi apresentado no encontro anual de outono da União Geofísica Americana e publicado na revista Nature. A equipe descobriu que a água estava reagindo com a pedra para liberar o hidrogênio, uma fonte de alimento em potencial. Isso significa que grandes áreas da crosta profunda poderiam estar abrigando vida.

"Essas rochas são tão antigas que contêm registros de fluido e da atmosfera, desde as primeiras partes da história da Terra", disse à BBC a professora Barbara Sherwood Lollar, da Universidade de Toronto, no Canadá. "Ao mesmo tempo, elas também nos fornecem informações sobre a química que pode suportar a vida."

A água mais antiga, descoberta a 2,4 km abaixo de uma mina profunda no Canadá, foi datada entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos. "A maior surpresa para mim foi a idade desta água", disse Chris Ballentine, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

No estudo os pesquisadores usaram dados de 19 minas em locais diferentes, estudadas como parte do programa Observatório de Carbono Profundo, para avaliar o quanto de hidrogênio estava sendo produzido através das reações químicas subterrâneas.

"Até o nosso trabalho mais recente, a produção de hidrogênio na crosta continental foi calculado para ser insignificante: perto de zero. Isso estava errado e nosso trabalho agora mostra que a produção de hidrogênio na crosta continental é igual ao que é produzido na crosta oceânica. Isto dobra a estimativa do hidrogênio produzido na Terra", explica Sherwood Lollar.

"Isso muda nossa compreensão do quanto de crosta da Terra poderia de fato ser habitável e ter energia suficiente para sustentar a vida na subsuperfície", acrescenta.

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