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Água subterrânea radiotiva no local da arruinada usina nuclear de Fukushima, no Japão, têm subido a níveis acima da barreira em construção para contê-la, elevando o risco de aumentar a quantidade de água contaminada que chega ao mar, informou a imprensa japonesa neste sábado.

O jornal Asahi, citando dados de uma reunião na sexta-feira da força-tarefa da usina nuclear, estimou que a água contaminada poderia chegar à superfície em três semanas.

A notícia mostra os obstáculos enfrentados pela Tepco (Tokio Eletric Power) dois anos e meio após um terremoto e um tsunami destruírem a usina de Fukushima, no maior desastre nuclear mundial desde Chernobyl.

Um dos maiores desafios da Tepco é tentar evitar que a água radioativa que resfria os reatores se misture com a água subterrânea fresca.

A Tepco tem injetado no solo um químico para construir barreiras para a água subterrânea. O método, porém, só é efetivo em solidificar o solo a partir de 1,8 metro abaixo da superfície. Segundo o jornal Asahi, contudo, a água contaminada subiu para um metro abaixo da superfície.

Ninguém da Tepco ou da autoridade reguladora japonesa estava disponível para comentar o assunto.

De acordo com o Asahi, um representante da Tepco afirmou na reunião de sexta-feira que um equipamento para escoar a água estaria pronto para uso no fim de agosto.

O jornal notou que a companhia teria que escoar 100 toneladas de água por dia para evitar o vazamento no mar, e que não estava claro onde á agua seria armazenada.

No mês passado, depois de negar durante meses, a Tepco reconheceu que água radiotiva já estava chegando ao oceano.

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