O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, compareceu no domingo (1º) a sua primeira reunião com o gabinete em mais de uma semana, desfazendo rumores sobre um desentendimento prejudicial com o Líder Supremo aiatolá Ali Khamenei, informaram agências de notícias.
O relacionamento estreito de Ahmadinejad com Khamenei --o clérigo sênior que tem a última palavra nos assuntos da República Islâmica-- ficou tenso há duas semanas, segundo alguns analistas, devido à tentativa do presidente de demitir seu ministro da Inteligência, iniciativa vetada pelo líder supremo.
Desde então, Ahmadinejad faltou a duas reuniões do gabinete --algo que, segundo alguns analistas estrangeiros, quase equivaleu a um boicote.
Começaram a circular especulações de que Ahmadinejad já não gozaria do apoio irrestrito de Khamenei, hipótese que o governo negou. Khamenei endossou a reeleição do presidente em junho de 2009, em um pleito que, segundo a oposição, teria sido marcado por fraudes.
A Bolsa de Valores de Teerã perdeu 6 por cento de seu valor nos últimos três dias de atividade, em função da incerteza política. Sem o apoio do líder supremo, qualquer presidente iraniano corre o risco de ver-se destituído de poder real.
Antes da reunião do gabinete do domingo, o diretor da emissora nacional IRIB disse a agências de notícias que Ahmadinejad iria expressar sua lealdade a Khamenei.
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