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Bagdá – Enquanto os Estados Unidos tentam mostrar que a Al Qaeda se dividiu, alegando que mataram Abu Musab al-Zarqawi com ajuda de pessoas de seu círculo, a rede terrorista já procura um substituto para o jordaniano. Osama bin Laden estaria em busca de um novo "príncipe" para representá-lo no Iraque.

Informações procedentes do círculo de Zarqawi permitiram às forças norte-americanas localizar e "fazer justiça" com o terrorista jordaniano, informaram ontem fontes oficiais dos Estados Unidos. Da casa onde se encontrava Zarqawi, na região de Baquba, só resta uma cratera de concreto e pedaços de metal.

Há seis semanas, as forças norte-americanas já haviam se aproximado do líder da Al Qaeda no Iraque, também com colaboração de supostos "traidores" dos terroristas, segundo o general William Caldwell, porta-voz da força multinacional no Iraque.

O egípcio Abu al-Masri poderá suceder o jordaniano Abu Mussab al-Zarqawi à frente da organização Al-Qaeda no Iraque, afirmou o próprio Caldwell.

"Abu al-Masri, um dos assessores de Zarqawi, é o candidato mais provável à sucessão (...) Temos seguido seus movimentos há algum tempo e achamos que chegou ao Iraque em 2002. Suspeitamos que participou do estabelecimento da primeira célula da Al Qaeda na região de Bagdá", disse.

Além de Zarqawi, as forças dos Estados Unidos identificaram outras vítimas entre os mortos no ataque de quarta-feira à noite. Um dos mortos seria seu conselheiro espiritual Abdel Rahman. Uma mulher e uma criança foram mortos no bombardeio.

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, indicou que sete pessoas, entre elas duas mulheres do grupo de Zarqawi, haviam sido mortas no ataque. Pessoas próximas à família de Zarqawi na Jordânia afirmaram que uma das três esposas de Zarqawi foi "provavelmente" morta na operação.

Novos ataques

O general Caldwell estimou que a morte de Zarqawi constituía "um golpe severo" contra a Al Qaeda, embora a sobrevivência da organização não esteja ameaçada. O general norte-americano prevê novos ataques nos próximos dias por parte dos militantes da rede, para mostrar que a organização ainda está bem ativa. As primeiras manifestações no Iraque, no entanto, foram tranqüilas. Como era esperado, militares iraquianos que colaboram com as forças estrangeiras comemoraram a morte do jordaniano.

"Agora que o apanhamos vamos poder nos dedicar a outros dados que utilizamos para chegar até ele", explicou o general, segundo o qual "um tesouro de informações" foi recolhido no prédio onde Zarqawi foi capturado, perto de Baaquba, ao norte de Bagdá.

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