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A Al Qaeda norte-africana cumpriu nesta quarta-feira sua ameaça de matar um refém britânico no Saara.

A Grã-Bretanha disse ter razões para acreditar que o refém Edwin Dyer tenha sido assassinado, o que o primeiro-ministro Gordon Brown qualificou como "bárbaro ato de terrorismo".

Uma fonte oficial na Argélia disse à Reuters que "o britânico, segundo nossa informação, foi morto pela AQMI (Al Qaeda no Magreb Islâmico) no Mali".

O grupo havia dito que mataria o refém se o governo britânico não libertasse Abu Qatada, um militante jordaniano que está preso.

Dyer foi morto em 31 de maio, após o fim de um segundo prazo imposto pelo grupo, segundo nota divulgada pela AQMI em um site habitualmente usado por grupos ligados à Al Qaeda.

"O cativo britânico foi morto para que ele, e junto com ele o Estado britânico, prove o gosto de uma pequena porção daquilo que os muçulmanos inocentes provam todos os dias nas mãos da coalizão de cruzados e judeus a leste e a oeste", disse a nota.

O anúncio do assassinato coincide com uma viagem do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Oriente Médio, onde fará um discurso destinado a melhorar a imagem do seu país no mundo islâmico.

"As principais mensagens da Al Qaeda são, primeiro, de que um, dia antes do seu esperado discurso ao mundo islâmico, Obama deve entender que a Al Qaeda é uma força na região que não pode ser ignorada", disse à Reuters Hamid Ghomrassa, especialista em questões de segurança que escreve no jornal argelino El Khabar.

"E, segundo, que as ameaças da Al Qaeda devem ser levadas a sério, e de agora em diante o Ocidente deve entender que pagar resgates para receber os reféns de volta é a única forma de lidar com Abdelmalek Droukdel (líder da AQMI)", disse ele.

A chancelaria britânica diz que Dyer foi sequestrado na fronteira Níger-Mali, no final de fevereiro, mas não deu mais detalhes a respeito dele.

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