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O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, enfrenta outras investigações
O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, enfrenta outras investigações| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández beneficiou uma série de empresas e cooperativas com ordens de contratações diretas no valor de aproximadamente meio bilhão de pesos (R$ 2,9 trilhões) nos três últimos meses antes de deixar a Casa Rosada, segundo denunciou o portal Infobae, que teve acesso a documentos sobre o caso.

De acordo com as informações, um dos beneficiários foi o empresário Leonardo Duva, dono da Cooperativa de Trabalho Lo de Néstor Limitada e próximo ao então presidente. Ele é sindicalista, ativista peronista e proprietário de um restaurante de mesmo nome. Os documentos acessados pelo portal expõe um contrato direto no valor de US$ 24,8 milhões (cerca de R$ 128 milhões) para a cooperativa.

A contratação foi realizada pela Secretaria Nacional da Criança, do Adolescente e da Família (SENAF), que dependia do antigo Ministério do Desenvolvimento Social, então chefiado por Victoria Tolosa Paz. Atualmente, a Secretaria da Infância, Adolescência e Família é liderada por Pablo de la Torre e atua em conjunto ao Ministério do Capital Humano, chefiado por Sandra Pettovello.

A documentação que credencia a contratação da cooperativa Duva consta da auditoria que o Gabinete Geral de Auditoria da Nação (SIGEN) realizou, já sob o comando do presidente Javier Milei. Nos dados constam que, entre os “últimos pedidos de compra emitidos em 7 de dezembro de 2023”, a cooperativa Duva se beneficiou de um “contrato direto de US$ 24.885,00” para realizar "serviços de racionamento de alimentos cozidos, por um período de seis meses com o opção de prorrogação, destinada ao Centro de Desenvolvimento Infantil Evita, dependente da Subsecretaria da Primeira Infância".

Segundo o Infobae, a pasta decidiu não renovar o contrato, que expira no final deste mês, e irá auditar todas as conexões da cooperativa com o governo de Fernández.

Além da cooperativa do empresário peronista, o governo de Fernández emitiu outras ordens diretas de contratações nos últimos 90 dias na administração da Casa Rosada, antes de transferir o comando para Milei. Se somadas, as cifras das contratações ultrapassam um bilhão de pesos.

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