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Polêmica nuclear

Alemanha e França ameaçam Irã com novas sanções

A chanceler Angela Merkel disse que Berlim espera uma solução diplomática para a disputa, mas está preparada para sanções mais duras

O Irã vai enfrentar sanções mais duras se não cumprir as exigências das grandes potências e conter seu programa nuclear, disseram os líderes da Alemanha e da França neste sábado (7).

A chanceler Angela Merkel disse que Berlim espera uma solução diplomática para a disputa, referindo-se a uma oferta do presidente norte-americano Barack Obama de manter conversas diretas com Teerã sobre a questão nuclear, uma opção descartada por seu antecessor George W. Bush.

"Acho que o novo governo americano vai esclarecer sua abordagem em relação ao Irã nos próximos meses", disse Merkel em discurso na conferência anual de segurança de Munique.

"Estamos prontos para caminhar juntos, mas também para sanções mais duras se não houver progresso".

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse à mesma conferência não haver alternativa ao reforço nas sanções se o Irã não cumprir as exigências do Ocidente e pediu à Rússia que colabore com outras potências nessa manobra.

"Precisamos que os russos ajudem para que as sanções contra o Irã sejam eficientes", disse Sarkozy.

"Cabe à Rússia decidir que faceta ela quer mostrar. Se quer a paz, que o mostre. Se quer ser um ator global, deveria nos ajudar com o Irã", acrescentou ele.

Sarkozy disse que o anúncio iraniano de que lançou um satélite em órbita pela primeira vez foi "uma notícia extremamente ruim."

O mandatário francês e Merkel falaram em uma reunião anual de líderes e especialistas em segurança em Munique, onde o vice-presidente norte-americano Joe Biden fez um discurso sobre as prioridades da política externa do governo Obama.

Biden disse que a comunidade internacional deve trabalhar unida para convencer o Irã a abandonar o desenvolvimento de armas nucleares.

"Estamos dispostos a conversar com o Irã e oferecer uma escolha muito clara: continuar no caminho atual e sofrer pressões e isolamento, ou abandonar seu programa nuclear ilícito e seu apoio ao terrorismo e receber incentivos significativos", disse ele.

Ali Larijani, porta-voz do parlamento iraniano, disse à conferência na sexta-feira que a nova Casa Branca pode reconstruir alguns dos laços cortados pelo governo Bush.

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