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Berlim (EFE) – A "guerra do gás" entre Rússia e Ucrânia levou a Alemanha a rever o calendário para o abandono da energia nuclear. O governo de Angela Merkel pressiona Moscou e Kiev para que cheguem a um acordo "o mais rápido possível", ao se dar conta do perigo que a dependência da Rússia pode representar.

Apesar de Berlim não ter registrado falta de gás, decidiu retomar as discussões sobre a construção do gasoduto que atravessará o Báltico. A construção foi aprovada há alguns meses pelo então chanceler Gerard Schröder e pelo presidente Vladimir Putin. Trata-se do maior gasoduto da Europa. Quando ficar pronto, em 2010, deverá conduzir 55 bilhões de metros cúbicos anuais de gás da Rússia para a Alemanha. Futuramente, poderá ser aproveitado pelos 25 países da União Européia (UE).

O ex-chanceler Schröder agora é presidente do conselho de vigilância do gasoduto russo-germânico da Gazprom, o que pode ser um motivo a mais para o governo alemão repensar o projeto. Enquanto parte dos políticos alemães dizem que ele pode ajudar a mediar a crise entre Rússia e Ucrânia, outros dizem que ele aprovou o gasoduto por ser amigo de Putin e que seu novo cargo já estava negociado. Segundo a revista Focus, há sete investigações contra Schröder. Ele aprovou o projeto a dois meses de eleições.

O papel de Schröder no projeto, ao qual se opõem Polônia e Ucrânia – que foram excluídas do plano –, significa um problema para as relações bilaterais da Alemanha com os dois países, afirma Merkel.

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