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José Alencar decretou luto oficial de três dias em homenagem ao ex-presidente argentino Alfonsín | Antonio Cruz/ABr
José Alencar decretou luto oficial de três dias em homenagem ao ex-presidente argentino Alfonsín| Foto: Antonio Cruz/ABr

O presidente da República em exercício, José Alencar, decretou luto oficial de três dias pela morte, ocorrida nesta terça-feira (1), do ex-presidente argentino Raúl Alfonsín, aos 82 anos, vítima de um câncer no pulmão. A bandeira brasileira hasteada em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da presidência, em Brasília, foi colocada a meio palmo.

O líder da Unión Cívica Radical (UCR) lutava contra um câncer de pulmão com metástase óssea e desde o fim de semana se encontrava em estado delicado. Uma pneumonia complicava ainda mais seu quadro de saúde. O corpo de Alfonsín está sendo velado no Congresso Nacional argentino.

Raúl Ricardo Alfonsín nasceu na cidade de Chascomús em 12 de março de 1927. Era advogado e político. Foi deputado nacional, senador e presidente de 1983 a 1989. Alfonsín foi o responsável pela transição da ditadura à democracia na Argentina, sendo o primeiro presidente eleito nas urnas depois da última ditadura (1976-1983), em outubro de 1983. Também foi o primeiro radical a vencer o Partido Justicialista (PJ), chamado ainda de partido peronista, em uma disputa à presidência.

Alfonsín assumiu a Presidência um mês depois das eleições, após sete anos de ditadura, que deixou 30 mil desaparecidos, segundo os organismos de direitos humanos. Durante seu governo, em 1985, foi realizado o histórico julgamento das juntas militares, no qual chefes da ditadura foram condenados à prisão perpétua. Mas em seu mandato também foram sancionadas polêmicas leis de anistia que livraram milhares de acusados de crimes contra a humanidade.

No governo de Néstor Kirchner (2003-2007), essas leis foram anuladas e os militares acusados foram processados. O líder renunciou ao seu governo seis meses antes de terminar seu mandato por causa da hiperinflação. Alfonsín foi sucedido pelo justicialista Carlos Menem, que ficou no poder dez anos (1989 a 1999).

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