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A Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve nesta sexta-feira (5) o seu alerta contra pandemias no segundo nível mais elevado, mas disse que futuras mudanças irão refletir não só a gravidade da doença, como também sua difusão.

A adoção de uma nova escala reflete as críticas que a agência sofreu por supostamente provocar pânico com seu alerta sobre a nova gripe H1N1, que em geral revelou ter sintomas brandos, exceto no México, onde matou 103 pessoas.

"Houve um amplo consenso sobre a importância de incluir informações a respeito da gravidade nos futuros anúncios", disse nota divulgada após reunião de uma hora dos especialistas.

Esse comitê de emergência fez recomendações a respeito de diversos fatores que deveriam ser levados em conta na avaliação da gravidade de uma epidemia, disse a nota, sem entrar em detalhes.

Keiji Fukuda, principal especialista em gripe da OMS, disse nesta semana que uma ideia seria acrescentar três graus relativos à gravidade ao nível mais elevado, o nível 6. Desse modo, seria possível atingir o grau máximo de alerta no caso de uma doença que se espalhasse pelo mundo, mas permanecesse com sintomas brandos. Da mesma forma, seria possível reajustá-lo caso o vírus posteriormente passe a causar sintomas mais graves.

Os especialistas também mantiveram sua recomendação contra restrições a viagens e comércio, medidas consideradas ineficazes contra o vírus H1N1, conhecida como gripe suína.

O comitê recomendou também que se mantenha a produção de vacinas contra a gripe sazonal, paralelamente ao desenvolvimento de uma vacina contra a nova cepa.

Fontes da OMS disseram que os especialistas não discutiram a hipótese de elevar o nível de alerta para o grau 6, já que isso nem constava na pauta. O nível de alerta contra pandemias permanece em 5 (pandemia iminente), numa escala de 1 a 6.

Para elevar o nível, seria necessário confirmar uma difusão contínua da doença além da América do Norte. Mas funcionários já deixaram claro que também vão levar em conta a gravidade da doença para elevar o nível de alerta.

De acordo com dados da OMS, a nova doença já afetou 21.940 pessoas em 69 países, causando 125 mortes. México, Estados Unidos e Canadá continuam sendo os países mais afetados, e um caso foi confirmado pela primeira vez na Arábia Saudita.

Fukuda disse na terça-feira que a difusão do vírus na Austrália, Grã-Bretanha, Chile, Japão e Espanha havia colocado o mundo mais perto de uma pandemia.

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