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O corpo do ex-presidente argentino Raúl Alfonsín chegou hoje ao Congresso Nacional, onde será velado. Centenas de pessoas começaram a se reunir em frente ao Congresso para homenagear o "pai da democracia", título conferido a Alfonsín, o primeiro presidente depois do regime militar. O enterro do ex-presidente está previsto para amanhã, no tradicional cemitério da Recoleta, no mausoléu dos líderes da revolução de 1890. O ex-presidente, de 82 anos, morreu em decorrência de um câncer de pulmão.

Raúl Ricardo Alfonsín nasceu na cidade argentina de Chascomús em 12 de março de 1927. Era advogado e político. Foi deputado nacional, senador e presidente da Argentina de 1983 a 1989. Alfonsín foi o responsável pela transição da ditadura à democracia na Argentina, sendo o primeiro presidente eleito nas urnas depois da última ditadura (1976-1983), em outubro de 1983. Também foi o primeiro integrante da União Cívica Radical (UCR) a vencer o Partido Justicialista (PJ), chamado ainda de partido peronista, em uma disputa à presidência.

Alfonsín assumiu a Presidência um mês depois das eleições, após sete anos de ditadura, que deixou 30 mil desaparecidos, segundo os organismos de direitos humanos. Durante seu governo, em 1985, foi realizado o histórico julgamento das juntas militares, no qual chefes da ditadura foram condenados à prisão perpétua. Mas em seu mandato também foram sancionadas polêmicas leis de anistia que livraram milhares de acusados de crimes contra a humanidade. No governo de Néstor Kirchner (2003-2007), essas leis foram anuladas e os militares acusados foram processados. O líder renunciou ao seu governo seis meses antes de terminar seu mandato por causa da hiperinflação. Alfonsín foi sucedido pelo justicialista Carlos Menem, que ficou no poder 10 anos (1989 a 1999).

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