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A candidata governista Laura Chinchilla: proposta de manter política liberal | Yuri Cortez/AFP
A candidata governista Laura Chinchilla: proposta de manter política liberal| Foto: Yuri Cortez/AFP

Os costa-riquenhos provavelmente elegerão a primeira mu­­lher para o cargo de presidente. Os eleitores do país mais politicamente e economicamente estável da América Central foram às urnas ontem para escolher entre uma política de carreira do partido de situação e um libertário an­­ti-imposto. Pesquisas realizadas antes da votação dão cerca de 20 pontos porcentuais de vantagem para Laura Chinchilla, que atuou como vice-presidente do atual presidente Óscar Arias, prêmio Nobel da Paz e entusiasta do livre mercado."Tudo isso valeu a pena. Ven­­ceremos, e no primeiro turno", disse Chinchilla, que levantou cedo ontem para se encontrar com eleitores na Catedral Metro­­politana. Para os candidatos de oposição, o direitista Otto Gueva­­ra, e Otton Solis, de centro-es­­querda, Chinchilla é um "fantoche" de Arias.

O vencedor precisa de pelo me­­nos 40% dos votos para não levar a eleição a um se­­gundo turno, possivelmente realizado em abril.

O maior rival de Chinchilla, Ot­­to Guevara pertence ao Partido Movimento Libertário. Ele prometeu abaixar os impostos, desmantelar monopólios e adotar o dólar norte-americano como moeda do país. Otton Solis, que quase perdeu a eleição presidencial para Arias em 2006, vem em terceiro nas pesquisas de opinião.

Se vencer, Chinchilla promete continuar as políticas moderadas de livre mercado de Arias, que conduziu a Costa Rica ao Acordo de Livre Comércio da América Central com os Estados Unidos e deu início a relações comerciais com a China, depois de uma associação de 63 anos com Taiwan. Mas os críticos do governo dizem que Arias ajudou os grandes de­­senvolvedores a impulsionar a economia do país à custa do frágil ecossistema da Costa Rica.

Mas os costa-riquenhos parecem relutantes em mudar o status quo, num país com salários relativamente altos, a maior ex­­pectativa de vida da América La­­tina, próspera indústria de ecoturismo e alfabetização quase universal.

Se Chinchilla vencer, será a quinta mulher presidente na América Central. A Costa Rica, uma das democracias mais antigas da América Latina, tem cerca de 2,8 milhões de eleitores.

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