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Chavista e membro do PSUV, mesmo partido do presidente Nicolás Maduro, o governador de Táchira, José Vielma Mora, criticou nesta segunda-feira (24) o excesso de militarização no estado - onde os protestos estudantis tiveram início - e afirmou que não estava de acordo com a prisão do opositor Leopoldo López, dirigente do Vontade Popular. Distanciando-se de Maduro, Mora destacou ainda que não faz parte do regime e "foi eleito pelos cidadãos de Táchira".

"Temos que promover mesas de diálogo e paz. A paz começa em cada um de nós. É preciso passar uma borracha e começar de novo."

Em uma entrevista à radio Onda, Mora se mostrou em desacordo com a repressão por parte da Guarda Nacional e admitiu que houve excessos. Ele também pediu a libertação das pessoas presas por "razões políticas".

"Um tema da paz são os presos por questões políticas, incluindo Iván Simonovis e Leopoldo López. Precisamos acreditar que isso não vai acontecer mais."

O governador aproveitou a oportunidade para fazer referência ao tema do abastecimento dos produtos e admitiu problemas. Mas desmentiu que o estado esteja sem internet ou sob o controle das Forças Armadas.

"Sou contrário à qualquer tipo de censura."

Nesta segunda (24), a capital, Caracas, amanheceu com dezenas de manifestantes bloqueando com barricadas algumas das principais avenidas. Mais duas mortes foram confirmadas no país, elevando para 12 as vítimas fatais desde que começaram os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Jimmy Vargas, de 34 anos, foi morto ao cair de um edifício quando se protegia dos gases lacrimogêneo lançado por policiais na principal avenida de Táchira. A outra vítima é Jhonny Carballo, morto após um ataque de homens armados em motos em Cagua, no estado de Aragua.

"Ele perdeu os sentidos quando foi atingido por uma bomba. Perdeu o equilíbrio e caiu", disse a mãe de Jimmy. "Mas não quero receber pêsames. Quero que sigam lutando pela causa que ele lutava."

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