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Genebra – Crianças nascidas em qualquer parte do mundo, se tiverem um início de vida ideal, podem alcançar os mesmos parâmetros de altura e peso, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). Um estudo de sete anos, realizado em populações de todos os continentes, mostra que crianças de países pobres que foram amamentadas, vacinadas, receberam atendimento adequado de saúde e cujas mães não fumavam tiveram padrões de crescimento comparáveis às de países ricos, como a Noruega.

"O estudo mostra que nutrição, práticas alimentares, ambiente e serviços de saúde são fatores mais importantes no crescimento de crianças com até 5 anos do que genética ou etnia", disse Catherine le Gales-Camus, diretora-assistente da OMS para doenças não contagiosas. Um início de vida em condições inadequadas pode levar a conseqüências que durarão por toda a vida, como doença cardíaca, deficiência mental, Câncer e diabetes, de acordo com a OMS.

As descobertas anunciadas pela OMS são resultado de um estudo iniciado em 1997 para a criação de um padrão internacional para avaliar o crescimento, estado nutricional e desenvolvimento motor de crianças do nascimento e até os cinco anos. O estudo envolveu mais de 8 mil crianças do Brasil, Gana, Índia, Noruega, Omã e EUA.

O padrão mostra como crianças deveriam crescer e pode ser usado para detectar desnutrição ou obesidade infantil. Há tabelas para diversas metas, como peso por idade, comprimento e altura por idade e índice de massa corporal. Também há referência para momentos do desenvolvimento motor, como sentar-se, levantar-se, caminhar.

A Associação Pediátrica Internacional está encorajando seus membros a adotar o novo padrão. Como a referência usada atualmente nos EUA baseia-se em crianças mais pesadas, as novas tabelas possivelmente farão com que mais crianças americanas sejam consideradas obesas. As tabelas do novo padrão devem ser sempre interpretadas por um médico.

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