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Artefato suspeito tinha encontrado em pacote da UPS pode ser explosivo
Washington - Dois pacotes originários do Iêmen, descobertos em aviões no Reino Unido e em Dubai e endereçados a sinagogas de Chicago, nos EUA, geraram alerta ontem em três países sobre a possibilidade de uma nova onda de ataques terroristas.
Os incidentes deixaram os norte-americanos apreensivos a quatro dias de importantes eleições legislativas. O presidente dos EUA, Barack Obama, em dificuldades nas pesquisas, veio a público em cadeia nacional dizer tratar-se de uma "ameaça real".
Segundo ele, "aparentemente" material explosivo foi encontrado num avião em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O primeiro pacote foi descoberto por volta das 3h30 (0h30 em Brasília) no aeroporto de East Midlands, a cerca de 260 km de Londres.
Embarcado em Sanaa, capital do Iêmen, estava em um avião de carga da United Parcel Service (UPS).
Testes deram negativo para explosivos. Citando fontes anônimas, as redes BBC e Sky disseram que o item não é uma bomba, mas "potencialmente sinistro".
Após a descoberta, os Estados Unidos realizaram buscas em aviões em seu território que continham carga do Iêmen. Uma aeronave que vinha para Nova York chegou a ser escoltada por jatos militares até pousar. Além disso, duas aeronaves da UPS foram examinadas na Filadélfia e outra no aeroporto de Newark (Nova Jersey). Nada foi encontrado.
Um caminhão de carga da UPS também foi inspecionado no Brooklin, Nova York.
O segundo pacote foi descoberto pela empresa de transportes FedEx em suas instalações em Dubai originário no Iêmen e cujo destino era Chicago.
As agências Associated Press e Reuters disseram que foi encontrado material explosivo no pacote. A UPS e a FedEx cancelaram o envio de carga do Iêmen e Londres suspendeu voos para o país.
Casa Branca
Em pronunciamento na tarde de ontem, o presidente Barack Obama disse que o governo norte-americano vai ampliar a segurança ao redor do país e responder com força total às investigações sobre os pacotes suspeitos.
Dirigindo-se aos EUA em um comunicado televisionado a partir da Casa Branca, ele disse que as autoridades responderam a uma ameaça terrorista "crível" que pode ter partido da sucursal da rede terrorista Al-Qaeda no Iêmen.
"O presidente tem recebido atualizações regulares da sua equipe de segurança desde que foi alertado sobre a primeira ameaça", disse o porta-voz da casa Branca Robert Gibbs.
