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 | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Ainda que o assunto mal tenha sido abordado na campanha presidencial, o diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores no governo FHC, Luiz Felipe Lampreia, ressalta que os norte-americanos nunca fecham os olhos para o Brasil: por causa da sua importância pelo tamanho do mercado interno e pelo cenário de liderança da América Latina. "No entanto, essa atenção não é prioritária, assim como a América Latina também não é. Eles voltam os olhos mais para as questões de conflito no Oriente Médio e no Afeganistão, e também para a União Européia e ultimamente à Rússia, um tema fundamental da bipolaridade que tem voltado à tona", avalia.

Mas o ex-chanceler destacou que os dois candidatos à Casa Branca têm vantagens distintas: para ele, John McCain interessa mais ao Brasil por causa da postura liberal nas relações comerciais. "O comércio é o que interessa mais entre os dois países", declarou.

Uma vitória de Obama, segundo ele, teria importância positiva com sua postura multilateralista nas relações internacionais. "Ainda que sejam economicamente protecionistas, a tendência dos democratas é se afastar da linha unilateral que os EUA seguiram por tantos anos. E isso é importante não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro", concluiu. Obama, portanto, viria a ser um parceiro importante no engajamento político internacional executado pelo governo brasileiro.

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