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A disputa pela custódia de um menino nascido nos Estados Unidos, mas trazido ao Brasil pela mãe brasileira aos quatro anos, foi destaque em reportagem publicada no jornal americano "The New York Times" nesta terça-feira (25). Após quatro anos e meio sem ver o filho fruto do casamento com a brasileira, falecida no ano passado, o americano conseguiu ver a criança, agora com oito anos, este mês, em um encontro arranjado pela Justiça, no Rio.

Em 2004, a mãe que morava com o filho e o marido em Nova Jersey, veio ao Brasil. O pai encontraria a família no Rio de Janeiro alguns dias depois, mas, segundo relatou ao NYT, a brasileira surpreendendo-o com um pedido de divórcio pelo telefone. A partir daquela ligação, teve início um processo internacional de custódia envolvendo as Justiças americana e brasileira. Segundo o jornal, o caso se transformou em um ponto delicado da relação entre os dois países e deve estar na pauta do encontro da secretária de Estado americana Hillary Clinton com o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que acontece na próxima semana.

O americano nunca mais viu a ex-mulher. Ela morreu, quando o processo ainda corria no Superior Tribunal de Justiça, em agosto do ano passado. Poucos dias depois, o pai veio ao Brasil reivindicar a custódia do filho, mas a guarda foi concedida ao padrasto do menino. O tribunal negou, ainda, a autorização para que o americano pudesse visitar a criança.

Os Estados Unidos e o Brasil estão entre os 68 países que assinaram o tratado conhecido como Convenção de Haia, que prevê mecanismos para que países signatários consigam resolver problemas de custódia de menores. Nos últimos três anos, o Departamento de Estado americano citou o Brasil por não estar agindo de acordo com a Convenção, além de ter criticado demora para julgar casos desse tipo e imparcialidade em favor dos cidadãos brasileiros, principalmente das mães.

A luta do pai americano pela guarda do filho trazido ao Brasil gerou manifestações nos sites de relacionamento Facebook e MySpace, além de um site oficial da campanha pela guarda do menino. De acordo com o "New York Times", duas resoluções estão pendentes no Congresso americano barrando a exigência de que Sean seja repatriado.

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