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Nova Iorque – Os norte-americanos fizeram silêncio e homenagens às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, promovidos contra os Estados Unidos pela rede terrorista Al Qaeda, do terrorista saudita Osama bin Laden. No marco zero, lugar onde ficavam as torres do World Trade Center, derrubadas por dois dos quatro aviões seqüestrados naquela trágica manhã de verão, as famílias das quase 3 mil vítimas se reuniram em uma cerimônia emocionada. Por algumas horas, foram deixados de lado os ressentimentos dos que consideram que o poder público fez pouco para identificar os restos mortais de seus entes queridos. Os parentes também lutam na Justiça contra os planos de reconstrução das torres. O lugar, consideram, deve ser para sempre o memorial daqueles cujas cinzas se misturaram aos escombros. Os nomes de todas as vítimas foram lidos durante a cerimônia marcada pelo som melacólico da gaita-de-foles. Como há cinco anos, um céu azul cobria a ilha de Manhattan.

Cerimônias semelhantes se repetiram no Pentágono e na zona rural da Pensilvânia, onde o presidente dos EUA, George W. Bush, depositou uma coroa de flores. Ali morreram os que estavam no vôo 93, que não atingiu nenhum alvo específico porque os passageiros se rebelaram contra os sequestradores.

As dolorosas imagens daquele dia – a fumaça saindo das torres, pessoas chorando pelas ruas de Nova Iorque, destroços caindo – dominaram a tevê e os jornais dos EUA ontem.

Ameaçado de ver a oposição democrata assumir o controle do Congresso na eleição parlamentar de novembro, Bush tentou aproveitar a data para mostrar que é melhor na questão da segurança, o que já lhe ajudou muito na reeleição, em 2004. Em discurso à nação, à noite, ele pregou mais uma vez, a necessidade de união interna para combater o inimigo comum.

A segurança foi reforçada nos EUA por causa da data. Um vôo da United Airlines foi desviado para Dallas porque havia objetos "sem dono" a bordo.

Recado

Enquanto o país rendia homenagens aos que perderam a vida pelas mãos dos seguidores da Al Qaeda, a rede terrorista, hoje pulverizada em células independentes espalhadas pelo planeta, pediu aos muçulmanos de todo o mundo que ataquem interesses ocidentais em variadas localidades, notamente em Israel e em países do Golfo Pérsico alinhados aos EUA. Em um vídeo gravado em árabe, com legendas em inglês, o número 2 da Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, anunciou "novas ações" num discurso de uma hora e 16 minutos.

Aos ocidentais, ele fez uma advertência: "Não se preocupem por suas tropas no Afeganistão e no Iraque, porque elas já estão perdidas, mas sim por sua presença no Golfo (Pérsico), primeiro, e em segundo lugar, por Israel."

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