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Os cidadãos americanos Kenneth Bae (esq.) e Matthew Todd Miller (dir.) que foram libertados na Coreia do Norte | EFE/EPA/CHOSON SINBO
Os cidadãos americanos Kenneth Bae (esq.) e Matthew Todd Miller (dir.) que foram libertados na Coreia do Norte| Foto: EFE/EPA/CHOSON SINBO

Os cidadãos americanos Kenneth Bae e Matthew Todd Miller foram libertados na Coreia do Norte, segundo informou neste sábado o gabinete do Diretor Nacional de Inteligência dos Estados Unidos (DNI), James Clapper.

"Podemos confirmar que os cidadãos americanos Kenneth Bae e Matthew Todd Miller receberam permissão para abandonar a República Popular Democrática de Coreia e estão a caminho de casa acompanhados pelo diretor Clapper para se reunir com suas famílias", afirmou a nota do gabinete.

O governo americano, que facilitou o retorno de ambos os cidadãos ao país, elogiou na nota a decisão de Pyongyang ao libertá-los e agradeceu aos aliados internacionais, "especialmente ao governo da Suécia, pelos incansáveis esforços para ajudar a garantir a libertação".

"A segurança e o bem-estar dos cidadãos americanos no exterior é a prioridade mais alta do Departamento de Estado e os EUA pediram há muito tempo para que as autoridades da Coreia do Norte libertassem os cidadãos por razões humanitárias", disse em outra declaração a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Condenado a trabalhos forçados na Coreia do Norte, Bae completou dois anos no país no dia 3 de novembro. Missionário protestante de 46 anos e origem sul-coreana, foi detido em 3 de novembro de 2012 enquanto fazia trabalhos de divulgação religiosa, embora tenha sido condenado pelo regime norte-coreano por "tentativa de derrubar o regime".

Miller foi condenado em setembro a seis anos de trabalhos forçados pela Corte Suprema do país por considerar que cometeu "atos hostis" contra Coreia do Norte, onde foi retido há sete meses. O jovem, de 24 anos, viajou como turista para Pyongyang e foi detido em 26 de abril por "comportamento agressivo".

A Coreia do Norte libertou outro cidadão americano em 21 de outubro, Jeffrey Fowle, e afirmou que a ação respondia às "pedidos" do presidente Barack Obama.

Nos anos anteriores, o regime norte-coreano libertou diversos cidadãos americanos após complexas negociações diplomáticas.

Em 2009, graças à mediação do ex-presidente americano Bill Clinton, Pyongyang libertou duas jornalistas americanas presas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados, enquanto em 2010 Jimmy Carter participou das negociações para libertar Aijalon Mahli Gomes, condenado a oito anos por também entrar ilegalmente no país.

Com a libertação de Bae e Miller, não resta nenhum cidadão dos Estados Unidos aprisionado na Coreia do Norte.

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