• Carregando...

Amigos da bacharel em direito Paula Oliveira, de 26 anos, não acreditam numa das linhas de investigação da polícia suíça, que suspeita que a brasileira tenha provocado ferimentos no próprio corpo. No Recife, ex-colegas de faculdade defenderam Paula.

"Neste final de semana, ela mandou um e-mail dizendo que eram gêmeos e que vinha para o Brasil", disse a advogada Natália Soares.

A oficial de justiça Carla Vasconcelos afirmou que a amiga queria dividir a alegria da gravidez. "Estava demonstrando extrema felicidade com o momento que estava vivendo, tanto pessoal como profissional, comemorando a gravidez. Num e-mail mais recente, falou que acabara de fazer os exames para saber do sexo, que eram duas meninas, que estava profundamente feliz e ansiosa para dividir essa felicidade com a gente".

O ex-professor Alexandre da Maia não acredita que Paula tenha inventado o caso. "Não vejo nada no caráter dela que possa confirmar essa versão que vem sendo veiculada pelos suíços", resumiu.

Paula alega ter sido agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Ela diz que a agressão fez com que ela perdesse os filhos gêmeos que estava esperando, além de deixá-la marcada com cortes em todas as partes do corpo.

Em Zurique, os primeiros resultados da investigação complicam o caso da advogada, pois o chefe do Instituto de Medicina Forense disse que Paula não estava grávida no momento em que teria acontecido o suposto ataque.

O médico afirmou que nenhum legista experiente hesitaria em dizer que, diante desta análise, que os ferimentos foram feitos por ela mesma. O argumento dele é que as marcas foram feitas em partes do corpo ao alcance da mão, e que são simétricas e superficiais, algo improvável quando uma vítima se debate.

A polícia suíça disse, no entanto, que as conclusões sobre os cortes ainda não são definitivas, e que o Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique ainda vai avaliar outras evidências, antes de determinar se os ferimentos foram causados num ataque ou simulados.

Segundo os policiais, a investigação é complexa e não deve terminar tão cedo.

SVP quer punição

Mesmo sem conclusão final do caso, os jornais suíços publicaram a notícia de que o partido da sigla SVP colocou em dúvida o direito da brasileira de permanecer no país. O partido de direita exige também que Paula pague pelos custos da investigação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]