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O Irã deve garantir que seu programa nuclear não tem fins militares, disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, em visita a Teerã, nesta terça-feira (27). O chanceler pediu ainda que o governo iraniano e as potências mundiais mostrem "flexibilidade" em torno de um acordo envolvendo combustível nuclear. "O Irã deve ter atividades nucleares pacíficas, mas a comunidade internacional deve receber garantias de que não haverá violação nem desvios (da tecnologia nuclear) para fins militares", disse Amorim, em entrevista coletiva.

O chanceler brasileiro também pediu ao Irã e às potências mundiais que finalizem um acordo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que seja enviado combustível nuclear para o reator de pesquisas em Teerã. "Nós esperamos que esse acordo seja fechado", disse. "Esse acordo é importante e cria confiança entre o Irã e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), mas como qualquer outra negociação deve haver flexibilidade em todos os lados."

As negociações entre o Irã e as potências está paralisada. A proposta original prevê que Teerã entregue para a Rússia e a França grande parte de seu urânio para enriquecimento. Teerã tem insistido para que a troca do combustível ocorra em seu território, condição rechaçada pelas outras partes.

O Irã alega ter apenas fins pacíficos em seu programa nuclear, como a produção de energia. Já países como Estados Unidos e França suspeitam que haja também um programa nuclear secreto para produzir armas nucleares.

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