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| Foto: Fabrizio Bensch/Reuters

Legado

Eleita deve governar mais tempo que a britânica Thatcher

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, apenas três políticos conseguiram ser eleitos para um terceiro mandato na Alemanha. Konrad Adenauer, que governou de 1949 a 1963, liderou a reconstrução da parte ocidental do país. Helmut Kohl, de 1982 a 1998, comandou a reunificação após a queda do muro de Berlim. Angela Merkel entrou para o clube ontem, aos 59 anos. Se ficar no cargo até 2017, ultrapassará Margaret Thatcher (1979-1990) como a mulher que governou por mais tempo na Europa. Eleita pela primeira vez em 2005, a chanceler alemã não tem o carisma dos antecessores. Demora a decidir e esconde ideias e sentimentos até dos aliados mais próximos. Suas marcas registradas são pragmatismo e cautela, traduzidas pelos marqueteiros como garantias de segurança e estabilidade. A fórmula tem agradado os alemães.

2016

Hillary Clinton avalia ideia de concorrer à Presidência dos EUA

Hillary Clinton reconheceu que está considerando concorrer à Presidência dos Estados Unidos em 2016 e disse que estava muito consciente dos "desafios políticos e governamentais" que enfrentaria se chegasse à Casa Branca. A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama norte-americana disse em entrevista à revista New York que ainda não decidiu se disputará ou não, acrescentando que está tentando ser "tanto pragmática como realista". "Não estou com nenhuma pressa", disse Hillary. "Acho que é uma decisão séria."

No poder há oito anos, a conservadora Angela Merkel venceu as eleições de ontem e conquistou de maneira folgada um terceiro mandato como chanceler da Alemanha.

Ela se fortaleceu para lidar com a crise da zona do euro e continuará a comandar a maior economia do bloco europeu até 2017.

Com a apuração em curso, o formato da nova gestão ainda estava em aberto até o fim da noite de ontem.

O mais provável é que Merkel por pouco não obtivesse maioria absoluta no Parlamento, sendo obrigada a uma aliança.

Nesse cenário, o parceiro preferencial seria a SPD, de centro-esquerda, reeditando uma grande coalizão como já ocorreu no primeiro mandato dela, entre 2005 e 2009.

Outra hipótese, menos provável, seria uma aliança dela com os Verdes.

O partido de Merkel, CDU (União Democrata Cristã), e sua legenda-irmã, CSU (União Social Cristã), receberam 42% dos votos, de acordo com projeções. O SPD obteve cerca de 26% dos votos.

"Vamos deixar as especulações de lado e esperar", afirmou Merkel, com a cautela habitual, em mesa redonda na tevê pública alemã.

No mesmo programa, o líder social-democrata, Peer Steinbrück, deixou claro que prefere ver o SPD numa coalizão de governo e prometeu fazer "forte oposição" se a chanceler conseguir maioria para governar sozinha.

"A senhora Merkel venceu a eleição, a bola está no campo dela. Vamos esperar e ver o que ela decidirá", disse.

As projeções indicam que o grande derrotado foi o FDP (Partido Liberal-Democrata), que participa da atual coalizão da chanceler.

A sigla neoliberal recebeu cerca de 4,5% dos votos e deve ficar fora do Parlamento.

"É o momento mais amargo e mais triste da história deste partido", disse Rainer Brüderle, que encabeçava a lista de candidatos da sigla.

Merkel tem responsabilidade pelo resultado, já que desautorizou um apelo de última hora para que seus eleitores fizessem voto útil para salvar os aliados.

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