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Papa Francisco realiza a Oração do Angelus da janela de seu escritório com vista para a Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano no domingo (18).
Papa Francisco realiza a Oração do Angelus da janela de seu escritório com vista para a Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano no domingo (18).| Foto: EFE/EPA/Fabio Frustaci

O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, será recebido nesta terça-feira (20) pelo papa Francisco, no Vaticano. Ele também se encontrará com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, como parte de sua visita à Europa que ocorre entre os dias 20 e 24 de junho.

Fontes do Vaticano confirmaram nesta segunda-feira (19) que o encontro do papa com Díaz-Canel acontecerá amanhã e será estritamente privado e não oficial, algo que não é comum. Essa será a primeira vez que o pontífice se reúne com o ditador cubano desde a sua posse como líder da ilha.

Após esse encontro com Díaz-Canel, o Vaticano já confirmou que o papa receberá o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (21). As reuniões acontecem alguns dias após Francisco receber alta médica, depois de passar nove dias internado devido a uma operação de hérnia abdominal.

Segundo informou a presidência italiana à EFE, depois de ser recebido no Vaticano, o ditador cubano terá uma reunião com Mattarella no Palácio do Quirinal.

Posteriormente, Díaz-Canel se deslocará à sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), onde irá se reunir com o diretor-geral da organização, Qu Dongyu. A informação sobre o encontro foi confirmada à EFE por fontes da FAO.

O líder do regime cubano, que chegará pela noite desta segunda-feira a Roma, participará como presidente na quarta-feira em Paris da reunião do Grupo dos 77 (grupo de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento). Na cúpula, os representantes dos países membros estarão discutindo um novo Pacto Financeiro Mundial, segundo informações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

Díaz-Canel também informou em suas redes sociais que pretende fazer uma parada na Sérvia.

"Certamente serão dias intensos nos quais trabalharemos para continuar promovendo e diversificando nossos laços em busca do desenvolvimento de Cuba", escreveu o diatador cubano no Twitter.

A delegação cubana oficial também será integrada pelo ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e por um outro grupo de vice-ministros. Para a sua reunião no Vaticano, Díaz-Canel também estará acompanhado de sua esposa, Lis Cuesta Peraza.

Segundo alguns meios de comunicação, no Vaticano, Díaz-Canel também se reunirá com o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, com quem os assuntos bilaterais costumam ser tratados com maior atenção e discutirá a mediação para a libertação de alguns presos políticos.

Miguel Díaz-Canel é o terceiro ditador de Cuba, desde o triunfo da Revolução Cubana em 1959, a ser recebido no Vaticano desde que Fidel Castro se reuniu com três papas: João Paulo II, Bento XVI e também com Francisco.

Por sua vez, Raúl Castro, irmão de Fidel, se encontrou três vezes com o papa Francisco, primeiro no Vaticano (maio de 2015) e depois duas vezes na capital cubana (setembro de 2015 e fevereiro de 2016).

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