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Uma passageira vinda do México desembarca em Guarulhos usando máscara de proteção | Mauricio Lima/AFP
Uma passageira vinda do México desembarca em Guarulhos usando máscara de proteção| Foto: Mauricio Lima/AFP

Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba - O Brasil vai monitorar os passageiros com sintomas suspeitos de ter gripe suína que chegarem em voos originários da Espanha, do Reino Unido e da Nova Zelândia. Até então, apenas voos da América do Norte eram fiscalizados.

Ontem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cobrou das companhias aéreas maior cooperação para aplicar as medidas de prevenção.

O Ministério da Saúde acompanhava, até ontem, as condições médicas de 17 pessoas. Todas vieram de áreas afetadas pela gripe suína e apresentaram alguns dos sintomas da doença, com exceção de três pacientes de Santa Catarina.

As três pessoas estão sob observação após terem contato com um curitibano que estudava no México e de terem apresentado sintomas.

Nenhum dos casos, porém, era considerado suspeito – por não terem todos os sintomas – e o ministério reafirmava que não havia evidência de circulação do vírus no Brasil.

Os pacientes estavam distribuídos pelo país: Paraná (1), Minas Gerais (3), Amazonas (3), Santa Catarina (3), Bahia (2), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Norte (2) e Pará (1).

A cobrança de maior cooperação das empresas aéreas foi feita pelo gerente geral da Anvisa, José Agenor Alvarez da Silva, que reuniu no aeroporto internacional de Guarulhos (São Paulo) representantes do setor aéreo – Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero e sindicatos de aeroviários.

Tripulantes farão o monitoramento de eventuais casos suspeitos, que deverão ser comunicados pelo comandante à torre de controle do aeroporto, encarregada de acionar a Anvisa. Todos os aviões comerciais que operam no Brasil serão obrigados a ter um estoque de máscaras cirúrgicas.

O procedimento de monitoramento de voos dos países afetados continuará o mesmo: o comandante do avião deverá informar à torre de controle a presença de passageiro com sintoma da doença. A pessoa será avaliada e pode ser encaminhada para o hospital.

Também ficou definido que os dejetos sólidos de voos desses países deverão passar por "inativação microbiológica’’ no próprio aeroporto. Tornou-se ainda obrigatório o aviso sonoro de informação nos aviões.

Na última segunda-feira, a Anvisa havia anunciado outras medidas, como a distribuição de máscaras cirúrgicas para passageiros com sintomas da doença. Serão compradas 100 mil máscaras.

Para informar a população, o ministério fará anúncios em rádio, tevê, jornais. Há um hotsite sobre a doença na página da pasta (www.saude.gov.br) e o Disque Saúde (0800 61 1997).

A OMS não tem planos de mudar o nome da gripe suína, apesar dos protestos dos produtores. "O nome é gripe suína’’, decretou ontem o porta-voz da organização, Gregory Hartl. De nada adiantou a carta enviada à OMS pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), pedindo a mudança no nome, já que o vírus não foi isolado em suínos. Apesar de a OMS confirmar que o consumo de carne de porco não traz risco de contágio, vários países restringiram as importações.

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