
Cerca de 200 assessores cubanos de inteligência operam na Nicarágua de Daniel Ortega, segundo fontes ligadas ao regime, ouvidas pelo jornal nicaraguense La Prensa.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira (30), o jornal afirma que os "assessores" são membros da Direção de Segurança do Estado e obedecem ao Ministério do Interior cubano, operam na Nicarágua de forma regular e possuem passaporte oficial e diplomático.
As fontes suspeitam que alguns têm como missão vigiar cubanos que viajam à Nicarágua, mas a maioria deles treina funcionários das forças de segurança nicaraguenses.
De acordo com o jornal, os cubanos trabalham no país desde 2007, quando Ortega subiu ao poder, mas a presença deles duplicou desde os protestos de abril de 2018, contra o ditador, e tem sido relacionada a denúncias de abusos de direitos humanos e torturas. Em coletiva de imprensa da Comissão Permanente de Direitos Humanos da Nicarágua, em março deste ano, prisioneiros políticos que foram libertados denunciaram que foram maltratados por funcionários cubanos.
A mesma situação ocorre na Venezuela. Os Estados Unidos, o Brasil e a Colômbia afirmam que milhares de militares cubanos estão atuando junto ao regime chavista com a função principal de garantir a continuidade da ditadura de Nicolás Maduro. A alegação, porém, vem sendo negada por Maduro e pelo governo cubano.
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