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Pessoas andam pelas ruas escuras na capital do país, Caracas | Reuters/Carlos Garcia Rawlins
Pessoas andam pelas ruas escuras na capital do país, Caracas| Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Um apagão na noite de segunda-feira (2) deixou às escuras a capital venezuelana, Caracas, e outras importantes cidades do país.

Até o momento foram reportadas falhas no serviço elétrico nos Estados de Zulia, Carabobo, Lara, Falcón e Táchira.

Os apagões não afetaram as refinarias de petróleo, que são alimentados por geradores, informou a estatal PDVSA.

O corte de energia ocorreu no momento em que o presidente do país, Nicolás Maduro, fazia um pronunciamento na televisão.

"Estou em Miraflores [palácio presidencial] acompanhando o estranho apagão iniciado no mesmo local da última sabotagem, peço ao povo que fique alerta", disse Maduro em sua conta no Twitter.

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, também escreveu na rede social: "Não tenho dúvidas que a sabotagem elétrica de hoje é parte do plano da direita e a trilogia do mal", referindo-se aos opositores Henrique Capriles, Leopoldo López e María Corina Machado.

Em setembro passado, um apagão atingiu 14 dos 23 Estados da Venezuela, afetando também parte da capital Caracas, em geral poupada dos cortes de luz programados ou não pelo governo, que enfrenta crise energética desde 2009.

Na ocasião, o Ministério da Energia Elétrica disse que o apagão foi causado por falhas nas linhas de transmissão.Já o presidente Maduro disse que "tudo parecia indicar" que os opositores a seu governo eram os causadores da falha no serviço elétrico.

Em abril, o então recém-eleito Maduro decretou "estado de emergência elétrica" por 90 dias no sistema e convocou as Forças Armadas para garantir a segurança das instalações.

Investimentos

O país já tinha declarado emergência semelhante em 2010, no auge da crise energética, mas os apagões fora da capital continuaram.

Enquanto o governo atribui os problemas a questões climáticas, ao excesso de consumo e à "sabotagem", críticos atribuem os blecautes à falta de investimentos e à ineficiência do setor após a nacionalização promovida pelo presidente Hugo Chávez, morto em 5 de março.

Os cortes constantes de luz, especialmente em cidades menores, são tema das eleições municipais, que ocorrem no próximo domingo.

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