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Líderes da região da Ásia e do Pacífico disseram estar prontos para fazer cortes mais profundos em subsídios agrícolas e retomar as negociações comerciais mundiais, durante abertura de encontro de cúpula neste sábado.

Em uma declaração emitida no primeiro dia do encontro de cúpula de dois dias, líderes do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec, na sigla em inglês), os líderes disseram que ``membros importantes'' do grupo já estavam prontos para se comprometer em maiores cortes nos subsídios agrícolas.

A declaração, que não deu detalhes, afirma que os líderes também prometeram fazer ``cortes reais'' nas tarifas industriais, e estabelecer novas aberturas no comércio de serviços.

``Temos uma necessidade urgente de quebrar o atual impasse e colocar as negociações de volta em um caminho em direção a uma conclusão oportuna'', disseram na declaração.

As negociações da rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) fracassaram em julho em meio a controvérsias sobre subsídios agrícolas entre os seis principais membros -- União Européia, Índia, Brasil e três membros da Apec-- Estados Unidos, Austrália e Japão.

A Apec é responsável por quase metade do comércio global e aproximadamente 60 por cento do PIB mundial, e engloba economias e sistemas políticos tão diferentes quanto a potência mundial dos Estados Unidos e o pequeno sultanato de Brunei.

O encontro de cúpula do fim de semana é a culminação de várias sessões plenárias durante a semana, de encontros paralelos e banquetes com a participação de dez mil autoridades, empresários e jornalistas no novo centro de convenções de Hanói, que custou 270 milhões de dólares.

A pauta é tão diversificada quanto ampla, indo de mudanças climáticas e procedimentos de alfândega até ameaças à segurança econômica e o papel das mulheres no desenvolvimento.

Apesar do grupo ter sido formado em 1989 para focalizar no comércio mútuo e nas questões econômicas, seu encontro mundial tem sido regularmente focado em questões de segurança, o que provocou uma reclamação por parte da Malásia no sábado.

O primeiro-ministro Abdullah Badawi disse a executivos e autoridades em um encontro paralelo que os líderes deveriam ''tornar a pauta da Apec mais relevante às necessidades e aspirações de todas as economias participantes, e não apenas de algumas.''

CORÉIA DO NORTE

A agenda deste ano não parece ser diferente.

Todos os países envolvidos nas negociações de seis partes para acabar com os programas nucleares da Coréia do Norte estão em Hanói, com a exceção do próprio país, e os cinco líderes passaram a maior parte da manhã em uma série de encontros sobre o que pode ser esperado na próxima rodada de negociações.

A necessidade de retomar as discussões, interrompidas desde o ano passado, tornou-se mais urgente depois que a Coréia do Norte fez um teste nuclear no dia 9 de outubro, provocando sanções da Organização das Nações Unidas (ONU). A Coréia do Norte concordou em voltar às negociações, mas nenhuma data foi estabelecida.

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