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Manifestantes participam de marcha no “Dia da Lealdade Peronista” em Buenos Aires, Argentina, 17 de outubro
Manifestantes participam de marcha no “Dia da Lealdade Peronista” em Buenos Aires, Argentina, 17 de outubro| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

Apoiadores do governo do presidente da Argentina, Alberto Fernández, pisaram em pedras deixadas em homenagem às vítimas da Covid-19 para retirar cartazes com mensagens críticas à gestão da pandemia no país, durante uma marcha no domingo (17).

Milhares de argentinos se reuniram para a marcha, em comemoração ao "Dia da Lealdade Peronista", na Plaza de Mayo, em Buenos Aires. No local está um memorial às vítimas da pandemia, formado por pedras em que estão gravados os nomes de pessoas que morreram de Covid-19, além de fotografias das vítimas deixadas por familiares e cartazes com mensagens críticas ao governo de Fernández pela gestão da pandemia.

Segundo a imprensa local, muitas pessoas se aproximaram com respeito para observar o memorial durante o dia de protestos. Porém, vídeos e fotos compartilhados em redes sociais mostram militantes da Frente de Todos, a chapa governista, subindo no monumento para arrancar os cartazes que questionavam o governo em relação às medidas tomadas durante a pandemia, aos confinamentos ou à demora para comprar vacinas. Alguns deles também vandalizaram o memorial e retiraram retratos das vítimas.

Para alcançar os cartazes, os manifestantes pisaram nas pedras onde estão gravados os nomes das vítimas.

Uma integrante dos movimentos que organizaram as duas "Marchas das Pedras", realizadas em agosto e em setembro, disse ao jornal La Nación que os ataques ao memorial começaram durante a tarde depois da chegada de manifestantes do Partido Justicialista. Segundo ela, os manifestantes ameaçaram remover as pedras do local durante a noite.

As ações causaram indignação e foram condenadas nas redes sociais por vários políticos da oposição e cidadãos comuns.

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