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O apoio ao primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, voltou a cair e alcançou um novo recorde de baixa, de acordo com uma pesquisa de opinião que demonstra o crescente descontentamento no país com o controverso plano de austeridade do governo.

A sondagem realizada pelos pesquisadores Demos & PI por encomenda do diário La Repubblica, de tendência esquerdista, mostrou que a aprovação ao governo caiu para 22% no início de setembro enquanto em junho estava em 27%.

Num momento em que os títulos italianos estão sob nova pressão dos mercados nesta segunda-feira, em meio a dúvidas sobre as exauridas finanças públicas da Itália, a pesquisa revela a fraqueza do governo de Berlusconi quando luta para controlar uma dívida pública de 1,9 trilhão de euros (2,7 trilhões de dólares).

O maior sindicato da Itália, o CGLIL, convocou uma greve geral para a terça-feira em protesto contra as medidas de austeridade, também criticadas pela principal federação patronal do país, a Confindústria, que as tachou de "fracas e ineficazes".

Berlusconi tem clara maioria parlamentar, mas sua coalizão de governo está abalada por divisões internas e amargas rivalidades pessoais. Há constante especulação de que a coalizão possa se esfacelar antes de o governo completar seu mandato de cinco anos, em 2013.

A pesquisa mostrou que a aprovação pessoal a Berlusconi, que tem sido alvo de vários escândalos pessoais, caiu de 30% em fevereiro e 26% em junho para 23% em setembro. Uma queda semelhante atingiu o político Umberto Bossi, líder da Liga Norte, aliada de Berlusconi.

De acordo com a sondagem, o ministro da Economia, Giulio Tremonti, antes considerado uma garantia da estabilidade financeira da Itália, perdeu muito apoio. Sua taxa de aprovação desabou de 54,5 por cento para 38 por cento.

A Itália se encontra no centro da crise da dívida na zona do euro desde o início de julho quando os mercados passaram a se preocupar com sua combinação de dívida pública estimada em 120 por cento do PIB e uma das mais lentas economias da Europa.

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