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Doha, Catar - Como esperado, a presença do ditador sudanês Omar al-Bashir causou imenso mal-estar e rachou a segunda Cúpula América do Sul– Países Árabes, ontem em Doha. Processado por crimes contra a humanidade, Bashir esperava receber o mesmo apoio manifestado um dia antes pela Liga Árabe, mas os países sul- americanos preferiram uma declaração vaga sobre o conflito em Darfur.

O tema foi evitado durante boa parte do encontro pelos líderes sul-americanos, com exceção do venezuelano Hugo Chávez, que aderiu à posição árabe e rejeitou com veemência a ordem de prisão emitida há um mês pelo Tribunal Penal Internacional(TPI).

Aumentando o constrangimento para o Brasil, a organização da cúpula posicionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Bashir no banquete para os chefes de Estado. Surpreso, Lula acabou tendo que deixar o almoço logo no início.

"Só comi salada", disse o presidente à reportagem ao ser indagado sobre o banquete.

Segundo a assessoria da Presidência, ele e o ditador sudanês se cumprimentaram rapidamente, quando Lula saía da tenda armada para o almoço, e não chegaram a trocar palavra. Após a cúpula, o presidente brasileiro partiu de Doha sem falar com os jornalistas.

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