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O apoio ao gabinete do primeiro-ministro japonês, Taro Aso, caiu para menos de um terço dos eleitores, depois que uma disputa relacionada a um pacote de estímulo despertou acusações de indecisão do governo. Foi o que mostrou uma pesquisa divulgada na segunda-feira.

A pesquisa feita pela TV Asahi coincide com a queda da expectativa de que Aso convoque eleições antecipadas para tentar dar fim a um impasse político, já que há risco de que seu bloco perca.

Na pesquisa, 29,6% dos entrevistados disseram que apóiam o gabinete de Aso -13,2 pontos percentuais a menos do que no mês passado.

Aso tentou demonstrar suas habilidade diplomáticas na cúpula do G20 em Washington no fim de semana, onde propôs planos para tentar superar a crise financeira global. Mas os eleitores japoneses parecem mais preocupados com as questões internas.

Os ministros do gabinete de Aso se dividiram sobre se os ricos deveriam receber pagamentos de cerca de 120 dólares por pessoa como parte de um pacote econômico e, após uma intensa divergência pública, decidiu-se deixar a decisão para autoridades locais.

O porta-voz do governo Takeo Kawamura defendeu os pagamentos, embora economistas considerem que isso não ajudará muito a aumentar o crescimento econômico numa economia que entrou em recessão.

Pesquisas recentes mostraram que mais de 60% das pessoas consultadas consideram os pagamentos desnecessários.

"Isso valerá 2 trilhões de ienes (US$ 20,7 bilhões) e isso certamente vai estimular o PIB. Logo, é necessário responder firmemente àqueles que estão preocupados com seu sustento diário. Ao implementar isso de forma efetiva, acho que podemos obter a compreensão" das pessoas, disse Kawamura em uma entrevista coletiva.

Na pesquisa da TV Asahi, 39% dos entrevistados disse que apóia o Partido Liberal Democrático - 4,9 pontos percentuais a menos do que no mês passado. Já 28,7% disse apoiar a principal legenda de oposição, o Partido Democrático, que tinha 0,5 ponto a mais de apoio no mês passado.

Esperava-se que Aso, 68, convocasse eleições para resolver o impasse causado por um Parlamento dividido, no qual a oposição controla a Câmara Alta. Mas o apoio a Aso tem caído desde que ele assumiu o cargo, em setembro, e até agora ele tem descartado as eleições.

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