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Nova Orleans (AE/AFP/– EFE) – Em suas duas passagens pela Flórida, durante a semana passada, e pelos estados de Louisiana e Mississippi, ontem, o furacão Katrina provocou pelo menos 12 mortes e prejuízos que, segundo as companhias de seguros, podem ser os maiores da história dos danos causados por tempestades nos Estados Unidos, chegando a US$ 25 bilhões. O vento e a chuva do furacão Katrina deixam um rastro de destruição no no sul dos Estados Unidos.

O furacão segue perdendo intensidade dentro do território norte-americano, e se dirige para os estados do Alabama, Tennessee, Kentucky e Ohio. O Katrina continua a ser um furacão "poderoso", diz o Centro Nacional de Furacões dos EUA, com sede na Flórida, cujos especialistas dizem que "o pior está por vir".

No estádio "Superdome" de Nova Orleans, a cidade da Louisiana conhecida pela ousadia musical, partes da cobertura se soltaram e surgiram goteiras no local onde cerca de 10 mil pessoas que não puderam sair da cidade estão abrigadas. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido. Do total de 10 abrigos montados na cidade, dois tiveram de ser fechados por causa de inundações.

Por enquanto, registram-se três mortos pela passagem do furacão pelo sul dos EUA. Na quinta e na sexta-feira passadas, a tempestade tinha atingido o sul da Flórida, deixando pelo menos nove e muitos danos materiais.

As autoridades continuam divulgando mensagens de advertência, e pedem que a população não baixe a guarda, porque o Katrina – que em 24 horas passou de categoria 5, reservada aos furacões mais perigosos, para 2 – ainda tem potencial para atingir milhares de pessoas, e deixar milhões de dólares em danos em sua trajetória para o norte.

O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, disse hoje em entrevista coletiva que os cidadãos precisam estar preparados para "danos catastróficos" que "levarão semanas para serem recuperados". Mais incisivo, o diretor do Centro de Saúde Pública da Universidade da Louisiana, Ivor van Heerden, disse que o Katrina pode representar danos "equivalentes ao tsunami do sul da Ásia".

Emergência

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou que a Louisiana e o Mississippi como áreas de catástrofe, com o objetivo de acelerar a chegada de recursos federais à população atingida pelo furacão Katrina. "Quero que as pessoas do litoral do Golfo do México saibam que o governo federal está preparado para ajudá-los quando o furacão passar", disse Bush na cidade de El Mirage, no Arizona, onde esteve ontem para participar de um ato público.

A declaração de Louisiana e Mississippi como áreas de catástrofe "permitirá que os recursos federais sejam usados para destinar ajuda a estes dois Estados", disse à imprensa o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.

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