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Brown defende adoção de plano global

Nova Iorque – Além de atuar como um dos principais incentivadores da resolução sobre o conflito de Darfur, no Sudão, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, defendeu ontem a construção de novas alianças internacionais para a luta global contra a pobreza, pressionando nações, empresários e cidadãos em geral a recuperar a idéia de um plano global de desenvolvimento.

Em um pronunciamento na ONU, Brown disse já ter obtido para o projeto o apoio de 12 países e 20 empresas, incluindo Microsoft, Google e Wal-Mart.

Nova Iorque – O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem, por unanimidade, resolução instituindo uma força internacional de intervenção na região de Darfur, no Sudão. A proposta de resolução foi uma iniciativa dos governos do Reino Unido e da França.

A missão, que será composta por até 26 mil soldados e policiais ao custo de US$ 2 bilhões no primeiro ano de operação, foi qualificada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de "histórica e sem precedentes’’. Seu objetivo é atuar contra o que o premier Gordon Brown chamou, em discurso na ONU, de "o maior desastre humanitário da atualidade’’.

A guerra civil na região oeste do país africano, iniciada a partir de disputas por terras e fontes de água, já deixou, desde 2003, mais de 200 mil mortos e 2 milhões de desalojados. São vítimas de confrontos entre rebeldes de etnia africana, sedentários, e milícias de origem árabe, nômades, apoiadas pelo governo sudanês. Entre essas forças está a milícia islâmica Janjaweed, acusada de atrocidades contra a população civil de Darfur. O governo sudanês nega que municie a Janjaweed.

A proposta franco-britânica para a Missão da ONU e da União Africana em Darfur (Unamid, na sigla em inglês) surgiu depois de negociações intensas com o governo do Sudão, principalmente acerca da estrutura de comando e do mandato da missão.

Estabeleceu-se que a maioria dos soldados da força, que foi elaborada com uma estrutura híbrida a fim de contornar a oposição de Cartum a um comando único da ONU, virá de países africanos. A "unidade de controle e comando’’ ficará a cargo das Nações Unidas, mas as decisões cotidianas serão tomadas por um general africano.

A proposta também substitui o direito de "apreender’’ armas ilegais, presente em versões anteriores, pelo monitoramento do fluxo e uso dessa armas – o Conselho de Segurança da ONU chegou a impor um embargo à venda de armas às milícias leais ao governo e aos grupos rebeldes, mas não ao governo sudanês. O embargo, porém, tem sido quebrado. Mas os soldados estarão autorizados a usar força para autodefesa.

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