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Presidente ucraniano se reuniu nesta quarta-feira (18) com militares que deixaram a cidade de Debaltsevo, no leste do país | Handout/Reuters
Presidente ucraniano se reuniu nesta quarta-feira (18) com militares que deixaram a cidade de Debaltsevo, no leste do país| Foto: Handout/Reuters

Flagra

Grã-Bretanha divulga fotos de mísseis russos na Ucrânia

Reuters

A Grã-Bretanha divulgou fotos nesta quarta-feira (18) do que descreveu como o mais avançado sistema russo de artilharia antiaérea operado no leste da Ucrânia e afirmou que as imagens são mais uma prova do envolvimento militar da Rússia no conflito.

A chancelaria britânica divulgou um infográfico dando detalhes sobre o SA-22, sistema de mísseis terra-ar montado em caminhões, acompanhado por fotografias publicadas na mídia e por uma consultoria da área de defesa, nas quais disse ter identificado o sistema sendo operado no leste da Ucrânia durante as últimas semanas.

A presença do SA-22 no leste da Ucrânia é ainda mais uma prova do envolvimento militar direto da Rússia no conflito", disse o embaixador britânico na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Adam Thomson, ao divulgar as fotos por meio do Twitter.

A Rússia tem negado as reiteradas acusações do Ocidente de que tenha enviado soldados e largas quantidades de armamento pesado para o leste da Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, viajou nesta quarta-feira (18) para a região de Donetsk, onde se reuniu com as tropas do governo que haviam abandonado há algumas horas a estratégica cidade de Debaltsevo.

Poroshenko se encontrou pessoalmente com a tropa e com seus chefes na cidade de Artiomovsk, onde os soldados chegaram desde Debaltsevo, informou a presidência ucraniana em comunicado. "Poroshenko felicitou os soldados por sua coragem", assinalou a nota oficial.

O comando militar ucraniano informou do recuo das tropas governamentais de Debaltsevo e que seu reagrupamento está terminando.

Segundo o presidente ucraniano, "as unidades saíram de maneira ordenada, com todo seu armamento, com carros de combate, blindados, peças de artilharia e veículos de transporte", o que demonstraria que as tropas não estavam cercadas, como afirmavam os separatistas e a própria Rússia.

Os rebeldes garantiram que as tropas governamentais puderam deixar o cerco somente depois de se comprometerem a depor as armas. "O grosso das tropas mencionadas por Poroshenko foi esmagado pelas forças rebeldes e outras unidades se renderam ou se estão rendendo atualmente", disse Denis Pushilin, um dos dirigentes da autoproclamada república popular de Donetsk.

Segundo os porta-vozes separatistas, três mil soldados ucranianos morreram em Debaltsevo em combates com as milícias pró-russas. Kiev reconhece somente 22 mortos nos últimos dias. Caso as estimativas rebeldes sejam confirmadas, este seria o maior revés para o exército ucraniano desde a explosão da sublevação armada nas regiões de Donetsk e Lugansk, em abril.

Apesar de denunciar a violação do cessar-fogo pelos rebeldes em Debaltsevo, o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia declarou que Kiev continua cumprindo os acordos de paz fechados semana passada em Minsk.

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