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A Bielo-Rússia expulsou o embaixador da Suécia nesta sexta-feira (3), no mais recente episódio de desavenças diplomáticas e retaliações entre o país e outras nações europeias. O ministro de Relações Exteriores sueco disse que o representante diplomático foi expulso "por ser muito sensível aos direitos humanos".

O embaixador Stefan Eriksson estava em férias na Suécia quando a expulsão foi anunciada. Anteriormente, ele se reuniu com ativistas da oposição na capital bielo-russa, Minsk. Isso irritou o regime do presidente russo Alexander Lukashenko, que governa o país com mão de ferro, disse o ministro de Relações Exteriores sueco Carl Bildt.

No dia 4 de julho, um avião sueco invadiu o espaço aéreo bielorrusso e jogou cerca de 800 ursinhos que carregavam mensagens pedindo que o governo de Minsk respeitasse os direitos humanos. O incidente fez com que Lukashenko demitisse dois chefes de importantes grupamentos das Forças Armadas - o chefe da Defesa Aérea do país e o chefe da Guarda de Fronteira.

Sobre a expulsão do embaixador Stefan Eriksson, o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, afirmou que as acusações contra o diplomata são "infundadas". "Eles fizeram acusações contra o embaixador que são infundadas. Fundamentalmente, essa retaliação é sobre a Suécia ser engajada na luta por democracia e direitos humanos na Bielorrússia", disse Bildt, que acrescentou que dois diplomatas bielorrussos na Suécia foram chamados de volta a Minsk.

"Esta é uma séria violação contra as normas das relações entre Estados", disse Bildt, acrescentando que "as acusações (contra Eriksson) não têm solidez. Basicamente, isso foi porque a Suécia é ativa na defesa da democracia e dos direitos humanos na Bielo-Rússia e o embaixador Eriksson tem representando, de modo digno e importante, as políticas da Suécia sobre o tema".

Bildt disse que a Suécia não vai permitir a entrada do próximo embaixador bielo-russo. Dois outros diplomatas da Bielo-Rússia também receberam solicitações para deixar o país e suas permissões de residência serão revogadas, disse ele aos jornalistas em conferência telefônica.

As tensões entre a Bielo-Rússia e o Ocidente têm se intensificado, principalmente depois de a União Europeia (UE) ter votado, em fevereiro, a adição de 21 nomes à lista de cerca de 200 autoridades bielo-russas que são alvo de congelamento de ativos e estão impedidas de viajar para os países da UE, por supostas violações aos direitos humanos.

A Bielo-Rússia reagiu pedindo as saídas dos embaixadores da UE e da Polônia. A UE, por sua vez, anunciou a reconvocação de todos os seus embaixadores no país, mas em abril a Suécia enviou seu embaixador de volta a Minsk.

A expulsão ocorre semanas após dois suecos terem usado um avião pequeno para jogar centenas de ursos de pelúcia com mensagens de apoio aos direitos humanos em território bielo-russo.

As informações são da Associated Press.

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