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A Estônia retirou a polêmica estátua de um soldado do Exército Vermelho soviético do centro de sua capital nas primeiras horas desta sexta-feira, depois dos violentos incidentes contra a remoção, que deixaram um morto.

A Rússia reagiu com fúria à medida e a câmara alta do seu Parlamento aprovou um pedido para o presidente Vladimir Putin cortar relações com o pequeno país do Báltico.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que Moscou "adotará sérias medidas" contra a Estônia, segundo agências de notícias da Rússia. A estátua de dois metros foi retirada durante a noite, depois dos piores incidentes de violência em anos, incluindo vandalismo e saque, provocados por manifestantes que falavam russo.

"O objetivo da decisão do governo é evitar novas possíveis ações contra a ordem pública", disse o governo da Estônia em comunicado.

A Rússia, que tem problemas com a Estônia desde a queda da União Soviética, em 1991, protestou contra o plano de remoção do monumento da Segunda Guerra Mundial, dizendo ser um insulto contra quem combateu o fascismo.

A medida provocou ira na população local que fala russo, cerca de 300.000 pessoas no país de 1,3 milhão de habitantes. Os estonianos tendem a considerar a estátua como uma lembrança dos 50 anos de ocupação soviética.

Durante a manhã, a região ao redor da estátua estava calma e o tráfego fluía normalmente. A Estônia disse que a estátua está agora em outro lugar, vigiada pela polícia.

As pessoas continuam limpando as ruas e as janelas quebradas de muitas áreas comerciais e residenciais.

O governo disse que um homem foi esfaqueado e morreu nos distúrbios, que começaram quando mais de 1.000 pessoas reuniram-se para protestar, na quinta-feira. Quarenta e quatro manifestantes e 13 policiais ficaram feridos e 300 pessoas foram presas.

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