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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, mudou de ideia e pretende viajar neste sábado (09/11) a Genebra para participar pessoalmente das negociações em busca de um acordo sobre o futuro do programa nuclear do Irã. Com isso, Lavrov se somará ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, à comissária de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, e diversos outros chanceleres europeus que se dirigiram à Suíça diante da expectativa de avanços sem precedentes no processo diplomático.

"Lavrov pretende ir", afirmou uma fonte a agência de notícias Itar-Tass. "Nós esperamos que a participação dele nas negociações ajude na obtenção de resultados positivos", prosseguiu a fonte.

Mais cedo, um porta-voz do chanceler russo havia comentado que ele não tinha a intenção de participar diretamente das negociações entre o Irã e o grupo de seis potenciais formado por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia.

A notícia veio à tona depois de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter desembarcado em Genebra para participar das negociações. "Quero enfatizar que ainda há diversas questões muitos importantes a serem discutidas e que continuam sem solução", disse o norte-americano ao chegar à Suíça. "É importantes que essas questões sejam adequada e minuciosamente abordadas", prosseguiu Kerry.

Fontes ocidentais iranianas disseram que, apesar dos avanços, Catherine Ashton e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ainda não haviam concluído a redação de um esboço de acordo a ser buscado nos próximos meses.

Ainda hoje, Kerry pretendia reunir-se com Zarif e Catherine Ashton, que representa o grupo de potências nas negociações com Teerã.

Entre os principais temas em discussão encontram-se a extensão do eventual alívio às sanções internacionais contra o Irã e até onde irá a república islâmica na contenção de seu programa de enriquecimento de urânio e na abertura às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Além de Kerry e Lavrov, também se dirigiram a Genebra os ministros da Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, da Alemanha, Guido Westerwelle, e do Reino Unido, William Hague.

"Vim pessoalmente a Genebra porque se trata de um difícil processo de negociação, mas de grande importância para a segurança regional e internacional", disse Fabius. "Já houve avanços, mas nada está garantido até este momento."

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