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Moradores de Banias protestam contra o ditador Bashar Assad, um dia depois de 12 pessoas terem sido mortas em manifestações | Reuters
Moradores de Banias protestam contra o ditador Bashar Assad, um dia depois de 12 pessoas terem sido mortas em manifestações| Foto: Reuters

Milhares de manifestantes fo­­ram às ruas ontem na cidade de Homs, na Síria, em novos protestos pela deposição do ditador Bashar Assad, um dia depois de confrontos deixarem ao menos 12 mortos.

A multidão, estimada em 5 mil pessoas, ocupou a praça central da cidade, terceira maior da Síria, e diz que não sairá até que Assad – desde 2000 no cargo – re­­nuncie.

A estratégia se espelha nos protestos que resultaram na deposição do ditador do Egito, Hosni Mubarak, em fevereiro, quando manifestantes ocuparam a praça Tahrir, no Cairo, fazendo do local símbolo das revoltas no país.

A ocupação da praça central de Homs (160 km ao norte de Da­­masco) se deu após cerca de 10 mil pessoas tomarem parte de cerimônia pelas mortes ocorridas no domingo.

Protestos e relatos de mortes não confirmadas foram registrados em outros locais, como a cidade de Latakia.

"O padrão está se repetindo: protestos, mortes por forças de segurança, funerais que viram protestos, e mais mortes e veementes pedidos pela renúncia de Assad’’, disse um ativista de direitos humanos.

Os protestos de ontem eclodiram um dia depois de o ditador sírio, em sua segunda aparição desde o início das manifestações no país, em março, dizer que espera que a lei de emergência em vi­­gor desde 1963 seja revogada até o final desta semana.

No fim de março, aliados de As­­sad já haviam acenado com a revogação da lei, que concede poder discricionário ao líder – o que não ocorreu.

Desde o início das manifestações, inspiradas na onda de revoltas no mundo árabe, estima-se que ao menos 200 oposicionistas tenham sido mortos pelas forças de segurança do regime sírio.

WikiLeaks

Documentos do WikiLeaks publicados ontem pelo jornal The Wa­­shington Post revelam que o Depar­­tamento de Estado dos EUA fi­­nancia a oposição síria, o que in­­clui canal de tevê que reproduz discurso antigoverno.

O governo norte-americano destinou US$ 6 milhões desde 2006 para que o grupo Movi­­mento por Jus­­tiça e Desenvol­­vimento, uma rede de exilados sírios que vivem em Londres, mantivesse a Barada TV, além de outras atividades de resistência em território sírio.

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