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A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, confidente da chanceler Angela Merkel, pediu demissão nesta sexta-feira (8), após perder seu diploma de doutorado por acusações de plágio. Em pronunciamento, ao lado da amiga, ela voltou a negar as denúncias, mas disse que chegou a hora de deixar a liderança da pasta.

"Eu acho que hoje é o dia de deixar o meu posto ministerial e concentrar meus serviços como membro do Parlamento. Eu não irei aceitar a decisão da universidade. Eu não copiei nada ou plagiei", disse. "Primeiro a nação, depois o partido e então eu mesma", acrescentou, usando uma citação do ex-premier Erwin Teufel.

Na terça-feira (5), a universidade Duesseldorf's Heinrich Heine anunciou que estava removendo o diploma de doutorado de Schavan, após uma revisão. A política, , de 57 anos, finalizou seus estudos há 33 anos, mas instituição de ensino entendeu que ela "sistematicamente e intencionalmente" copiou partes de textos para sua tese.

Alegações contra a ministra foram levantadas por caçadores de plágio na internet no ano passado e deflagraram uma apuração interna na universidade, a pedido da própria. Mas, num documento de 75 páginas, a comissão de investigadores, comandada pelo professor Stefan Rohrbacher, detectou no texto de 351 páginas as ausências das devidas referências bibliográfica em pelo menos 60 delas.

O escândalo promete ganhar contornos políticos e atrapalhar os esforços para a campanha eleitoral de Merkel e do partido União Democrática Cristã (CDU) em setembro. Afinal, trata-se da segunda baixa no governo dela pela prática de plágio. Em 2011, o então ministro alemão da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, de 39 anos, viu-se obrigado a renunciar depois de ter sido acusado de fraudar 130 páginas de sua tese de doutorado em Direito.

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